Mísseis do Irã matam três israelenses e ferem dezenas
O Irã lançou ataques aéreos de retaliação contra Israel, na noite de sexta-feira, com explosões ouvidas nas regiões de Jerusalém e Tel Aviv, as duas maiores cidades do país, após o maior ataque militar de Israel contra o país.
O Irã lançou quatro grandes barragens de mísseis balísticos contra Israel na sexta-feira à noite e no início da manhã deste sábado, fazendo com que israelenses de todo o país corressem para abrigos.
Mais de 200 mísseis balísticos foram lançados pelo governo iraniano. Esses mísseis tinham como objetivo atingir cidades israelenses, civis israelenses, e centros de comando do exército de Israel.
A maior parte dos mísseis foi interceptada pelos sistemas antiaéreos de Israel. Nove mísseis caíram em solo israelense causando danos, e deixando três mortos e cerca de 80 feridos. Duas das três vítimas fatais foram identificadas como Etti Cohen Engel, de 72 anos e Yisrael Aloni, de 73 anos.
Vários prédios foram atingidos no ataque, incluindo um prédio de apartamentos em um bairro residencial em Ramat Gan e outro em Givataim, perto de Tel Aviv. Um prédio no centro de Tel Aviv também foi atingido, causando danos significativos em vários andares. Em Rishon LeTzion, 9 prédios foram atingidos.
Autoridades israelenses disseram que explodiram a enorme instalação nuclear subterrânea iraniana de Natanz, mas pode levar algum tempo até que a extensão dos danos em Natanz seja esclarecida. Os países ocidentais, há muito, acusam o Irã de refinar urânio ali a níveis adequados para uma bomba, e não para uso civil.
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O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, acusou Israel de iniciar uma guerra. Um alto funcionário iraniano disse que nenhum lugar em Israel seria seguro e que a vingança seria dolorosa.
O enviado do Irã à ONU, Amir Saeid Iravani, disse que 78 pessoas, incluindo altos oficiais militares, foram mortas nos ataques de Israel ao Irã. Ele acusou os EUA de serem cúmplices dos ataques e disse que o país compartilhava total responsabilidade pelas consequências.
A operação de Israel “continuará por quantos dias forem necessários para remover essa ameaça”, disse o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em um discurso na TV. “Daqui a gerações, a história registrará que nossa geração se manteve firme, agiu a tempo e garantiu nosso futuro comum”.
O enviado de Israel à ONU, Danny Danon, disse que a inteligência confirmou que, em poucos dias, o Irã teria produzido material suficiente para várias bombas.
O Irã insiste que seu programa nuclear é exclusivamente para fins civis. O órgão de vigilância nuclear da ONU concluiu, nesta semana, que o país estava violando suas obrigações sob o tratado global de não proliferação.
O conselheiro de segurança nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, disse que uma ação militar por si só não destruiria o programa nuclear do Irã, mas poderia “criar as condições para um acordo de longo prazo, liderado pelos Estados Unidos”.
Duas fontes regionais disseram que pelo menos 20 comandantes militares iranianos foram mortos, um golpe que lembra os ataques israelenses que rapidamente eliminaram a liderança da outrora temida milícia libanesa Hezbollah, no ano passado. O Irã também afirmou que seis de seus principais cientistas nucleares foram mortos.
O major-general Mohammad Pakpour, promovido para substituir o comandante da Guarda Revolucionária do Irã, prometeu retaliação em uma carta ao Líder Supremo lida na televisão estatal: “Os portões do inferno se abrirão para o regime que mata crianças”.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Reuters
Foto: Magen David Adom