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Partido socialista dos EUA defende assassino de diplomatas israelenses

Membros do partido Socialistas Democráticos da América (DSA) elogiaram Elias Rodriguez, assassino dos dois funcionários da embaixada israelense em Washington, na semana passada, e pediram sua libertação da prisão.

O “Liberation Caucus”, uma facção autodenominada “marxista-leninista-maoísta” do DSA, anunciou que a organização incluiu incluiu seu nome a uma declaração oficial do grupo Unity of Fields, que aplaudiu o assassinato de Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim, quando eles saíam de um evento no Museu Judaico da Capital.

“O ataque direcionado de Elias Rodriguez a dois funcionários diplomáticos israelenses em 21 de maio de 2025 foi um ato legítimo de resistência contra o Estado sionista e sua campanha genocida em Gaza”, afirmou a Unity of Fields. “Após 20 meses de violência apocalíptica incessante perpetrada pelo movimento sionista contra civis palestinos que lutam pela libertação nacional, bem como contra os combatentes pela liberdade que promovem essa libertação nacional; após 20 meses de repressão política e jurídica por esses mesmos sionistas contra nosso movimento internacional que se opõe à sua campanha de destruição total, chegou a hora das consequências reais”.

“O ato de Elias Rodríguez foi plenamente justificado, naquele lugar onde os deveres legais e morais se encontram”, afirmou a Unity of Fields em nota assinada por diversas organizações anti-Israel. “É claro que o direito internacional, que o próprio Ocidente estabeleceu e cujas instituições são dominadas pelos interesses desses imperialistas, estabelece o dever de tomar medidas para impedir o genocídio, incluindo o uso da violência para tanto”.

A Unity of Fields pediu a seus seguidores que dessem apoio moral a Rodriguez enviando-lhe cartas, doando fundos para sua conta na prisão, apoiando sua defesa legal e comparecendo às audiências judiciais.

O “Liberation Caucus” do DSA classificou a declaração como “excelente” e pediu às autoridades que libertassem Rodriguez. “Excelente declaração à qual temos orgulho de adicionar nosso nome. Libertem Elias Rodríguez e todos os presos políticos”, publicou o grupo nas redes sociais.

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A DSA, uma das principais organizações de esquerda de advocacy política do país, mobilizou-se nos últimos anos para eleger membros anti-Israel para o Congresso dos EUA. Parlamentares influentes como os deputados democratas Alexandria Ocasio-Cortez (Nova York), Rashida Tlaib (Michigan), Greg Casar (Texas) e Cori Bush (Missouri) são todos membros da organização socialista. Outros, como os deputados Jamaal Bowman (Nova York) e Summer Lee (Pensilvânia), são ex-membros.

A organização também conta com Zohran Mamdani, candidato em ascensão e aspirante à prefeitura de Nova York, em seu quadro de membros. Mamdani fez de seu ativismo anti-Israel um elemento central de sua campanha para prefeito, acusando o Estado judeu de cometer “genocídio” em Gaza e argumentando que este não oferece “direitos iguais” a todos os seus cidadãos.

O DSA intensificou sua retórica anti-Israel durante a guerra de Gaza. Em 7 de outubro de 2023, a organização emitiu um comunicado afirmando que o massacre do Hamas no sul de Israel naquele dia foi “resultado direto do regime de apartheid de Israel”. A organização também incentivou seus seguidores a comparecerem ao evento “All Out for Palestine” em Manhattan, no dia 8 de outubro.

Em janeiro de 2024, o DSA emitiu uma declaração pedindo o “fim do apoio diplomático e militar a Israel”. Em abril, o comitê internacional da organização, o DSA IC, emitiu uma carta defendendo o direito do Irã à “autodefesa” contra Israel. Líderes iranianos pedem regularmente a destruição do Estado judeu, e Teerã há muito tempo fornece armas e financiamento ao Hamas.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Algemeiner
Foto: Captura de tela

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