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“Progresso significativo” rumo a um acordo

As negociações para um acordo sobre reféns e um cessar-fogo na Faixa de Gaza prosseguem em Doha, capital do Catar, paralelamente à visita oficial do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a Washington.

Diante da pressão do governo americano e da mobilização em prol de um cessar-fogo, fontes familiarizadas com os detalhes das negociações disseram ao Canal 13, na noite desta quarta-feira, que “progressos significativos” foram alcançados e que Israel concordará em alterar o posicionamento das FDI no eixo Morag.

A questão da presença no eixo Morag é atualmente considerada um dos pontos de discórdia nas negociações com o Hamas, mas fontes israelenses deixaram claro que essa questão não deve impedir um acordo e que o primeiro-ministro estará disposto a ceder para trazer de volta os reféns. Isso contrasta com a situação no eixo Filadélfia, considerado um ponto estratégico mais significativo para Jerusalém.

Diante do progresso das negociações, a delegação israelense no Catar não deve retornar a Israel nos próximos dias. Diante da hipótese de que não se chegue a acordos até amanhã, Netanyahu considera, neste momento, estender sua visita aos EUA e permanecer em Washington durante o fim de semana, na esperança de poder anunciar com o presidente Donald Trump que um acordo foi alcançado na próxima semana.

Enquanto isso, o presidente Trump continua pressionando Netanyahu a chegar a acordos. Autoridades americanas também confirmaram que houve progresso, mas acrescentaram que o Hamas ficou “furioso” ao receber os mapas mais recentes fornecidos por Israel e criticaram duramente os representantes do governo Trump: “Talvez Israel simplesmente ocupe toda a Faixa de Gaza e acabe logo com isso?”

Agora, representantes dos países mediadores estão analisando os mapas e tentando chegar a acordos, inclusive em relação à presença das FDI para o eixo Morag. A agenda do presidente Trump está bastante ocupada nos próximos dias e, na sexta-feira, ele deve ir ao Texas. Desta forma, os americanos estão pressionando, mas também entendem que sua esperança de anunciar um acordo até amanhã não deve mais se concretizar devido à disputa que persiste em torno dos mapas.

Referindo-se às negociações, o presidente Trump disse esta noite: “Acho que há uma chance de anunciarmos um acordo sobre Gaza esta semana ou na próxima. Nada é absolutamente certo. Mas acho que podemos chegar a algum tipo de acordo ou arranjo esta semana e, se não, na próxima”.

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Enquanto isso, paralelamente à visita do primeiro-ministro à capital americana, as famílias dos sequestrados também viajaram a Washington (foto) para uma série de reuniões com autoridades americanas, com o objetivo de pressionar os tomadores de decisão.

Durante as reuniões, as autoridades americanas deixaram claro às famílias: “Neste momento, não há chance de libertar todos os reféns de uma vez. O Hamas não permitirá que isso aconteça”. No entanto, acrescentaram que, “durante o cessar-fogo de 60 dias, haverá pressão para encerrar a guerra e devolver os sequestrados”.

O fórum das famílias disse: “Ouvimos mais uma vez sobre o compromisso do governo Trump em trazer de volta todos os sequestrados. Não vamos parar até que todos os 50 sequestrados retornem para casa. Estes são momentos críticos e confiamos que o governo Trump trará todos de volta em total concordância”.

Diante do progresso nas negociações para um acordo, o chefe do Estado-Maior General das Forças de Defesa de Israel Eyal Zamir também falou sobre o esforço para trazer de volta os sequestrados, afirmando: “As condições foram criadas para avançar em um acordo para libertar os sequestrados”.

Em discurso proferido na cerimônia de formatura da Faculdade de Segurança Nacional, Zamir afirmou: “Durante a Operação ‘Carruagens de Gideão’, prejudicamos severamente as capacidades governamentais e militares do Hamas e, graças à força operacional que demonstramos, foram criadas as condições para avançarmos em um acordo para a libertação dos reféns. As FDI não cederam às vozes que tentam enfraquecê-las. Os ataques e acusações de várias direções contra a moralidade de nossas ações são desprezíveis. Agimos apenas por considerações operacionais, em face dos objetivos da guerra e de acordo com as diretrizes da cúpula política”.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Canal 13
Foto: Porta-voz do Fórum das Famílias de Reféns e Pessoas Desaparecidas

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