QR code redireciona para propaganda anti-Israel
Adesivos falsos divulgando códigos QR que prometem “brindes” têm aparecido nas janelas de restaurantes e lojas por toda a cidade de Nova York.
Esses adesivos, enfeitados com ofertas atraentes como hambúrgueres grátis do McDonald’s ou café Starbucks, redirecionam usuários desavisados para vídeos e mensagens incendiárias contra Israel.
A campanha, promovida por ativistas do movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), acusa Israel de crimes de guerra e incentiva boicotes contra empresas vistas como apoiadoras do estado judeu.
Os adesivos, que foram afixados em vitrines de grandes redes como McDonald’s, Starbucks e Zara em Manhattan, atraem os transeuntes com códigos QR que desbloqueariam ofertas exclusivas. Ao escanear o código, os usuários são expostos a imagens angustiantes de crianças palestinas feridas, acompanhadas de apelos por ação contra Israel, incluindo demandas por boicotes e alegações de cumplicidade em violações de direitos humanos.
Um adesivo colocado na janela de um McDonald’s em Midtown anunciava falsamente comida grátis, mas levava a um panfleto digital acusando a gigante do fast-food de “McGenocídio” por seu suposto fornecimento de refeições às Forças de Defesa de Israel. Adesivos semelhantes em filiais da Starbucks prometiam falsamente bebidas grátis, redirecionando os usuários para vídeos de propaganda anti-Israel.
A campanha parece ser orquestrada pelo NJ PalAction, um grupo ativista que assumiu a responsabilidade de colocar esses adesivos em vitrines de 68 locais em Manhattan.
LEIA TAMBÉM
- 23/12/2024 – Ex-espiões israelenses descrevem ataque dos pagers
- 22/12/2024 – “Jesus viveu e morreu como judeu”, diz ministro ao Papa
- 22/12/2024 – Israel pede 34 reféns na primeira fase do acordo
“Clientes curiosos que escaneiam os códigos são confrontados com imagens horríveis de Gaza, onde Israel continua a assassinar, mutilar, deixar passar fome e deslocar palestinos por mais de 430 dias. Eles são lembrados de que essas marcas são cúmplices e não têm lugar na lista de compras de fim de ano deste ano”, declarou a organização nas redes sociais.
“Nenhuma celebração até a libertação. Pedimos um embargo imediato de armas, o fim do cerco a Gaza e o fim de 76 anos de desapropriação, ocupação e apartheid na Palestina por Israel e pelos EUA”, diz o comunicado.
Além de disseminar sua mensagem, o grupo usou as mídias sociais para encorajar os apoiadores a criar e distribuir esses adesivos enganosos em seus próprios bairros. Ele oferece arquivos em formato PDF para download para impressão em casa, condicionados à prova de uma doação para organizações como a United Nations Relief and Works Agency (UNRWA) ou o Palestine Children’s Relief Fund (PCRF). Ambas as organizações enfrentaram escrutínio sobre supostos laços com grupos extremistas.
Moradores locais demonstraram preocupação com a acessibilidade desses materiais para crianças e com a natureza gráfica dos vídeos vinculados por meio de códigos QR.
“Isso é parte de um esforço calculado para chocar e perturbar os nova-iorquinos”, disse Gerard Filitti, conselheiro sênior do The Lawfare Project, uma organização dedicada a combater o antissemitismo. “Não é nada menos do que um ato de ódio aos judeus disfarçado de ativismo político”.
Além da indignação moral, também há questões legais em torno da campanha. De acordo com Filitti, os adesivos não apenas desfiguram a propriedade privada, mas também fazem mau uso da propriedade intelectual de grandes corporações. As empresas visadas pela campanha, incluindo Starbucks e McDonald’s, ainda não se pronunciaram publicamente.
Filitti enfatizou a importância de mover uma ação legal contra os ativistas. “Essas ações constituem vandalismo e a disseminação deliberada de desinformação. As empresas devem denunciar os responsáveis no tribunal”, disse ele.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet