Reféns liberados encontram com familiares
Visivelmente abatidos, magros e fracos, os reféns Eli Sharabi, Or Levy e Ohad Ben Ami (da esquerda para direita, na foto) foram libertados do cativeiro do Hamas, onde passaram os últimos 491 dias de suas vidas.
Antes de serem entregues à Cruz Vermelha, instituição que durante os últimos 16 meses negligenciou seu dever de proteger a vida e a dignidade das vítimas ou de lhes fornecer assistência, os três reféns foram obrigados pelos terroristas do Hamas a participar de uma “cerimônia”, fazendo declarações no palco em Deir al Balah.
Terroristas mascarados os forçaram a responder perguntas nas quais eles pediram ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para não interromper o cessar-fogo e fazer todo o possível para garantir que as trocas de reféns por terroristas palestinos mantidos em prisões israelenses continuem.
Os três reféns pareciam exaustos e muito abaixo do peso, com ossos salientes, rostos afundados, sinais claros de desnutrição e grave e perda de massa muscular.
Os reféns foram entregues às FDI, que os transferiram para uma base no sul de Israel, onde foi feito um check-up médico inicial e se encontraram com parentes mais próximos, antes de serem levados ao hospital.
O refém libertado Eli Sharabi se reuniu com sua mãe Chana e sua irmã Osnat. Sharabi está voltando para casa para uma nova realidade trágica: sua esposa e suas duas filhas adolescentes foram assassinadas no massacre do Hamas em 7 de outubro de 2023, quando ele foi sequestrado de sua casa no Kibutz Be’eri. Ele supostamente não sabia que elas tinham sido mortas. Eli foi sequestrado juntamente com seu irmão Yossi Sharabi, que também vivia em Be’eri. Yossi foi assassinado no cativeiro e seu corpo ainda está sendo mantido em Gaza.
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O refém Ohad Ben Ami se reuniu com sua esposa Raz e seu irmão Kobi. Abraçado com Raz, Ohad fez uma videochamada com suas filhas. “Pai, como sentimos sua falta… Você é o mais forte deste mundo”, disseram suas filhas na videochamada. As filhas Yuli, Natalie e Ella, e sua mãe Esther, estavam esperando por Ohad em um hospital no centro de Israel.
Or Levy se reuniu com seus pais e irmão na instalação do exército perto da fronteira com Gaza. “Acabou”, disse Michel, irmão de Or, enquanto os dois se abraçavam e choravam. A esposa de Or, Einav, foi assassinada em 7 de outubro.
Enquanto a van que o levava do helicóptero para o hospital Levy passou por uma multidão de amigos e apoiadores. Michael mostrou a Or vídeos de seu filho de três anos, Almog, e fizeram uma videochamada. Durante a videochamada Almog disse a Or: “Pai, demorou muito para você voltar”.
Or Levy e sua esposa Einav tinham acabado de chegar à Festa Nova quando o ataque começou e foguetes começaram a cair. Eles correram para o abrigo antiaéreo. Minutos depois, os terroristas atiraram granadas e abriram fogo em todas as direções. Einav foi assassinada e Or sequestrado para Gaza.
O professor Hagai Levine, chefe da força-tarefa de saúde de Israel para famílias de reféns, disse que a fome extrema dos reféns libertados lembra a dos sobreviventes do Holocausto. Segundo Levine, “todos os reféns estão em perigo de morte. Ninguém deveria se surpreender que as pessoas que emergem do inferno tenham a aparência que têm. O que vemos é o resultado de um sofrimento impensável – fome, sede, escuridão, abuso físico e psicológico, falta de assistência médica e isolamento”. Levine também fez um alerta, dizendo que os cativos restantes podem não sobreviver por muito mais tempo.
“Os reféns libertados, hoje, precisarão de reabilitação de longo prazo, e confiamos em suas famílias e equipes médicas para dar a eles o melhor cuidado possível. Mas a recuperação total é impossível enquanto seus companheiros cativos permanecerem nas mãos do Hamas”.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel, Aurira e Israel Hayom
Fotos: FDI