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“Resolução condenando Israel é inútil”, diz EUA

O Departamento de Estado dos EUA chamou de “inútil” um projeto de resolução exigindo que Israel “cesse imediata e completamente” as atividades na região da Samaria e Judeia que circula entre os membros do Conselho de Segurança da ONU, dias antes de uma reunião sobre o conflito israelense-palestino.

Em reação a uma série de ataques terroristas em Jerusalém, Israel declarou no domingo que legalizaria nove postos avançados e avançaria com planos para 10.000 novas moradias na região, levando à criação da proposta de resolução. Os Emirados Árabes Unidos redigiram a declaração em consulta com os palestinos, e o conselho de 15 membros deve votar na segunda-feira, segundo diplomatas.

A resolução “reafirma que o estabelecimento por Israel de assentamentos no território palestino ocupado desde 1967, incluindo Jerusalém Oriental, não tem validade legal e constitui uma violação flagrante do direito internacional”. Também condena todas as tentativas de anexação, incluindo decisões e medidas de Israel em relação aos postos avançados.

Na quinta-feira, a Casa Branca disse estar “profundamente consternada” com os planos de uma grande expansão destes postos. “Estamos profundamente consternados com o anúncio dos israelenses”, disse a secretária de imprensa dos EUA, Karine Jean-Pierre.

A administração do presidente dos EUA, Joe Biden, mantém sua “firme oposição à expansão “, acrescentou ela.

Mais tarde na quinta-feira, porém, o Departamento de Estado dos EUA chamou a resolução de “inútil”, apesar das críticas de Washington.

Daniel Shek, ex-embaixador de Israel na França e comentarista político, disse sobre a resolução: “Isso colocará o governo americano em um dilema real se eles usarem o veto, algo que definitivamente não gostariam de fazer ou se abrirem abertamente uma frente de tensão com o novo governo israelense”.

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Para evitar tal situação, os americanos estão tentando transformar a resolução em uma declaração não vinculante, que Washington poderia apoiar sem muitos danos às suas relações com Israel. A última vez que uma resolução contra a expansão israelense na região foi aprovada pelo Conselho de Segurança foi em dezembro de 2016, com 14 votos a favor. Os Estados Unidos, no ex-presidente Barack Obama, se abstiveram, permitindo que ela fosse aprovada.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, também disse estar “profundamente preocupado” com a autorização das construções.

“Estamos profundamente preocupados com o anúncio do governo israelense de que está avançando em quase 10.000 moradias e pretende iniciar um processo para regularizar nove postos avançados que foram anteriormente considerados ilegais pela lei israelense. Nós nos opomos fortemente a essas ações unilaterais, que só servem para exacerbar as tensões entre israelenses e palestinos e minar os esforços para alcançar uma solução negociada de dois Estados”, escreveu Blinken.

Fonte: i24NEWS
Foto: The Official CTBTO Photostream, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons

4 thoughts on ““Resolução condenando Israel é inútil”, diz EUA

  • Eu não entendo como o governo israelense evita de se defender e denunciar os “palestinos” por sua invasão sobre a Área C da Judeia e Samaria totalmente administrada por Israel segundo os Acordos de Oslo de 1995! Já não basta entregar a esses fakestinos (árabes nunca foram palestinos porque é uma palavra latina)todo nosso patrimônio arqueológico judaico que está nas áreas A e B que estão vazias?

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  • AS MENTIRAS “VERDADEIRAS”

    Ha quase 61 anos, o famoso humorista brasileiro Millôr Fernandes, escreveu:
    Uma inverdade, apanhada na hora, é uma mentira deslavada. Um ano depois, porem, pode ser apenas uma outra faceta da verdade. Se resistir, dentro de dez anos será um dos raptos de imaginação da pessoa que a pronunciou. Um seculo depois já ninguem se lembrará quem a disse e será parte e fundamento do folclore. Com o passar dos tempos, mais e mais anos sedimentarão a mentira e ela se transformará em fantasia, em canto, em criação geral, em historia ciclica, em ode, em épico, em conceito geral de eternidade filosófica. (O PIF-PAF / O CRUZEIRO – 1962).

    Esse trecho humoristico, é na verdade um fato verdadeiro na historia da civilização. Um bom e muito atual exemplo disso, é a continua alegação dos palestinos, que Israel e’ um pais invasor, conquistador, que tirou terras dos palestinos, por forca, etc.
    Refiro-me aos territórios da Judeia e Samaria (antigamente chamados de Cisjordania) e a faixa de Gaza. Os tres territórios sao chamados de “Yesha” (em hebraico) e cairam nas maos de Israel quando o Egito, a Síria e a Jordania tentaram destruir o Estado de Israel em 1967 e Israel venceu a guerra num ataque-relampago que durou apenas 6 dias.
    Desde entao, os arabes em geral e, os palestinos em particular, vem afirmando que esses territórios sao zonas ocupadas, conquistadas e que Israel nao tem o direito de construir lá cidades, aldeias, etc. Ao contrario – eles alegam – Israel tem que sair dessas terras de imediato!
    Essas afirmações sao exatamente o exemplo de uma mentira que, de acordo com o trecho acima de M. Fernandes, se tornou um conceito geral, uma historia ciclica, um ode, um épico, etc.
    Para entender porque, temos que voltar no tempo, a uma conferencia que ocorreu ha 103 anos atrás em San Remo. Em 1920, poucos anos apos o fim da Primeira Guerra Mundial, ainda nao havia a ONU (Organização das Nações Unidas). As nações do mundo eram representadas na LN (Liga das Nações). Foi na conferencia da LN em Sao Remo, que os paises arabes do Oriente Médio, receberam soberania e dominio de terras, dentro das fronteiras conhecidas hoje em dia (Egito, Síria, Iraque, Líbano, etc.).
    O territorio onde hoje é o Estado de Israel – INCLUINDO YESHA – foi dado temporariamente à Inglaterra. Isso e’ o que foi chamado: o “Mandato Britanico”.
    No paragrafo 6 das decisões da Conferencia de San Remo, a Liga das Nações decidiu impor a Inglaterra que facilitasse a imigração de JUDEUS e encorajasse a colonização de JUDEUS em toda a area do Mandato Britanico, o que inclui Yesha:
    Article 6.
    The Administration of Palestine, while ensuring that the rights and position of other sections of the population are not prejudiced, shall facilitate Jewish immigration under suitable conditions and shall encourage, in co-operation with the Jewish agency referred to in Article 4, close settlement by Jews on the land, including State lands and waste lands not required for public purposes.
    Por mais incrivel que pareca, essa foi a unica decisao tomada ate’ hoje (no conflito palestino-israelense) pelas nações do mundo inteiro, considerada como “Enforceable Decision” ou seja, “decisão que tem que se fazer cumprir, pôr em vigor”.
    O artigo 5 foi ainda mais longe, nao permitindo que toda a regiao ou parte dela fosse entregue ao dominio de outros quaisquer:
    ARTICLE 5.
    The Mandatory shall be responsible for seeing that no Palestine territory shall be ceded or leased to, or in any way placed under the control of, the Government of any foreign Power.
    Nao ha absolutamente nada na decisão do Mandato Britanico, que separe Yesha do resto do territorio do Mandato. Isso significa que o direito dos judeus era de se estabelecerem em toda a regiao do Mandato.
    O Mandato Britanico incluia tambem, a regiao que veio a se tornar Jordania. O paragrafo 25 das decisões de San Remo não proibiu o estabelecimento de judeus lá também mas, permitiu “o adiamento ou retenção do estabelecimento judeu na parte oriental do rio Jordão”.
    Com a dispersão da Liga das Nações, o direito dos judeus de se estabelecerem em toda a região do Mandato Britanico, não foi alterado em nada. Isso porque, quando a Organizacao das Nações Unidas foi criada em 1945, ficou decidido (paragrafo 80, capitulo 12, da “Carta das Nações Unidas”) que “todos os Mandatos (inclusive o Britanico), continuariam a existir e que nada deveria ser interpretado ou explicado de forma a modificar os direitos existentes de qualquer povo ou os termos dos instrumentos internacionais existentes dos quais, os membros das Nações Unidas fazem parte”.
    Em novembro de 1947, sob a presidencia do brasileiro Oswaldo Aranha, a ONU adotou a decisão 181, dividindo a area do Mandato Britanico em duas partes: uma para os arabes da região e outra para os judeus.
    Se essa decisão, fosse implementada, poderia se dizer que anularia a decisão da Conferencia de San Remo. No entanto, apesar de os judeus terem aceito a decisão da partilha, não so os arabes não a aceitaram mas, em contradição a Carta da ONU, 7 paises arabes infringiram um ataque ao récem-nascido Estado de Israel, invalidando assim, a decisão da partilha. Foi uma guerra demorada, no fim da qual, os arabes se apossaram de Yesha e se estabeleceram lá, construindo aldeias e cidades numa região previamente destinada aos judeus, pela Liga das Nações e pela Organizacao das Nacoes Unidas.
    As decisões tomadas pela ONU e pelo Conselho de Segurança da ONU, em relação a conflitos entre povos/paises, são de dois tipos: decisões baseadas no Capitulo 6 da Carta da ONU (que se relaciona a ajuste de conflitos atraves de negociações. Todas as decisões tomadas na base desse capitulo sao consideradas “recommendations” [recomendações] e as partes litigantes não são obrigadas a aceitá-las); e decisões baseadas no Capitulo 7 da Carta da ONU (que permite ao Conselho de Segurança usar a força, se necessário, para implementar a decisão).
    Nenhuma das decisões tomadas na ONU em relação ao conflito entre palestinos e israelenses, foram baseadas no Capitulo 7. É exatamente porisso que a ONU nunca usou forca pra obrigar os dois povos a implementarem decisões. As conhecidas resoluções 242 e 338 também foram apenas “recomendações”.
    Por outro lado, a decisão tomada na ONU contra o Iraque, exigindo a saida deles do territorio do Kuwait, em 1990, foi uma resolução baseada no Capitulo 7 e, porisso, usaram forca pra tirar o Iraque de lá, ha 10 anos atrás.
    Na ausencia de resoluções do tipo “enforceable decisions”, a unica decisão desse tipo, continua a ser aquela da Conferencia de Sao Remo que obrigava a Inglaterra a implementar e encorajar o estabelecimento de judeus em TODA a area do Mandato Britanico.
    O significado de tudo isso e’ que, quando os judeus hoje em dia, constroem cidades e aldeias em Yesha, eles não estão construindo em “territórios ocupados”.
    Muitos podem dizer: “Mas Moshe, essa decisão foi tomada em 24 de Abril de 1920! La se foram 82 anos!!! Muita coisa mudou entrementes”. Ao que eu responderia: “O.K., mas se voces querem modificar de novo, as fronteiras do Estado de Israel, lembrem-se que, nessa mesma conferencia, os paises arabes vizinhos, receberam a soberania dos territórios deles”. Ou seja, se vamos discutir de novo sobre as fronteiras de Israel, por que não discutir novamente sobre as fronteiras do Egito, da Síria, do Iraque, do Líbano e da Jordania???!!! O minimo que podemos exigir é Reciprocidade!
    Com o passar de 103 anos, todos ja se esqueceram da Conferencia de San Remo e a mentira dos “territórios ocupados”, de tal modo virou “fantasia, canto, ode, épico”, etc., que, por mais incrivel que pareça, não so os líderes americanos começaram a acreditar nela mas, ate mesmo os lideres de Israel!!! O que Millôr Fernandes escreveu com muito humor ha 61 anos atrás, provou ser a pura verdade. Infelizmente!

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  • Izaquiel Gielman

    Prezado Moshe Rosenblatt, shabat shalom!!!
    Perfeito e muito embasado o seu texto.
    Adorei !!!
    Temos que fazer valer a verdade, razão pela qual entendo que o senhor deve buscar uma divulgação maior deste contexto verdadeiro !!!
    Ademais, ninguém está preocupado que os “palestinos” querem a evacuação de todos os judeus de todo o território do Estado de Israel, assim como as organizações terroristas Hamas e Hesbollah e a própria Autoridade Palestina fazem loas e premiam a quem matar judeus, independente de serem civis ou militares. O que os ” palestinos querem é destruir o Estado de Israel.

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