Serão MG e BA oikofóbicos?
Por Marcos L Susskind
Alguém aqui conhece o termo “oikofobia”, cunhado pelo filósofo Roger Scruton? O termo oikofobia refere-se ao medo ou ódio da própria cultura.
Segundo o Gemini, “quando esses sentimentos se estendem à identidade nacional ou cultural de alguém, pode ser uma forma de opressão interna, na qual uma pessoa aceita e internaliza as avaliações negativas de seu grupo feitas por uma cultura dominante”.
Em resumo: algumas pessoas usam o ódio ou rejeição a um grupo étnico ou racial, por parte de uma massa maior e passam a endossar este ódio ou rejeição a seu próprio grupo.
Me parece que é o caso de MG, um sujeito que se distancia de sua herança cultural por acreditar que ela é um obstáculo ao seu status social, à sua aceitação ou ainda um obstáculo à sua ascensão profissional.
MG não inova! O judeu Gustav Mahler se converteu ao catolicismo para poder ser contratado como maestro na ópera de Viena. Ferdinand David se tornou protestante para participar do quarteto de cordas Liphardt, enquanto Jacob Frank se converteu para ser aceito na elite polonesa.
Usar a negação de suas origens para galgar posições não envolve apenas conversões religiosas. Ilan Pappé, Breno Altman, MG, Noam Chomsky e outros não se converteram, mas optaram por se separar da sua comunidade, tornarem-se críticos mordazes para serem “aceitos como iguais” nos seus ambientes sociais, acadêmicos ou profissionais.
Lembrando que muitas vezes, ao sentirem-se culpados ou inferiores, algumas pessoas podem procurar alguém ou alguma ideia para culpar, até mesmo os membros ou os valores de sua própria coletividade.
A situação conflitiva no Oriente Médio talvez leve alguns a um sentimento de vergonha ou culpa, gerando um desejo de se distanciarem da identidade ou dos valores, sejam a nível comunitário, nacional ou religioso.
Outro fator de afastamento são ideologias políticas que podem contribuir para a auto aversão, criando uma narrativa que denigre o passado ou o presente de uma nação.
Não devemos descartar a influência da mídia que consistentemente acusa Israel e os judeus como causadores do sofrimento palestino, fato que pode levar a uma autopercepção negativa entre indivíduos pouco resilientes, gerando um sentimento de inadequação que “precisa ser corrigido”.
A crítica às políticas de um país não é o mesmo que auto-ódio, mas se há uma rejeição completa e total de sua própria cultura, costumes e instituições, aí sim, provavelmente haja uma significativa dose de auto ódio.
A I.A. explica o que é a oikofobia:
“Oikofobia é um termo que se refere a uma tendência de criticar ou rejeitar a própria cultura e valores, enquanto se idealiza ou admira outras culturas”.
O termo foi criado pelo filósofo Roger Scruton e pode se manifestar “de várias maneiras, como a crítica excessiva da própria cultura, a idealização de culturas estrangeiras, ou o sentimento de alienação em relação à própria sociedade”.
Theodore Dalrymple escreve:
“Em um artigo para o American Mind, Daniel Mahoney chama nossa atenção para um livro recente sobre o fenômeno da oikofobia, a aversão ou mesmo o ódio ao próprio país ou cultura, que agora parece tão prevalente nos círculos acadêmicos e intelectuais ocidentais que chega a ser quase uma ortodoxia ou requisito para aceitação na classe intelectual. É claro que nenhuma tendência ou fenômeno social é inteiramente novo ou tem um ponto de partida indiscutível: por exemplo, George Orwell chamou a atenção para o auto-ódio inglês há muitos anos. Mas a propagação da oikofobia tem sido de proporções epidêmicas nos últimos anos”.
Eu, apesar de não ser psicólogo ou psicanalista, acredito que sentimentos profundos de inferioridade e uma inesgotável ansiedade em ser aceito entre seus pares é o que leva estes “intelectuais oikofóbicos” a demonizar Israel e as lideranças comunitárias, perdendo a capacidade de perceber que são rejeitados por sua comunidade e, ao mesmo tempo, são vistas com desconfiança por aqueles a quem anseiam em agradar.
Foto: IA Gemini
Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam necessariamente a opinião da Revista Bras.il.
Michel Gherman, sem pensar muito !
Excelente artigo. Acessando a Internet, percebemos muitos MG e BA, os Kapos da nova geração.
Conhecia como self hating jew.