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Comitiva brasileira encerra viagem a Israel

A comitiva brasileira que esteve em Israel já está retornando ao Brasil e levando na bagagem acordos de cooperação em diversas áreas, entre eles a parceria para testar o spray nasal que vem se mostrando muito promissor no tratamento de casos graves de Covid-19.

Durante toda a estada em Israel, a delegação brasileira foi obrigada a adotar as medidas de prevenção contra o coronavírus, como o uso de máscara, distanciamento e confinamento no hotel. A saída da comitiva só foi autorizada para o encontro com o chanceler israelense Gabi Asquenazi no Ministério das Relações Exteriores.

Os chanceleres do Brasil e de Israel emitiram Declaração Conjunta em que tratam de avanços concretos na relação entre os dois países e destacam a determinação de cooperar no combate à Covid-19.

De acordo com o documento, ambos assumiram o compromisso de apoiar engajamentos e a fomentar parcerias entre institutos de pesquisa em Israel e no Brasil, nos setores público e privado, para o desenvolvimento de vacinas, tratamentos e medicamentos para o novo coronavírus. “Ajudaremos o Brasil de todas as formas possíveis e avaliaremos formas de ampliar a pesquisa e o desenvolvimento de medicamentos e outras soluções para combater o vírus”, disse o ministro das Relações Exteriores israelense, Gabi Ashkenazi.

Foto: Daniel Geller

 A visita à casa do primeiro ministro Benjamin Netanyahu só contou com as presenças do Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo e do deputado e presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, Eduardo Bolsonaro. No encontro foi debatido o aumento da cooperação econômica e de defesa dos dois países e uma série de acordos bilaterais, que abordam a luta contra o coronavírus. Também foram abordados temas sobre os setores tecnológico, agrícola, científico, de segurança, entre outros. Netanyahu e o chanceler brasileiro discutiram assuntos relacionados à área de saúde, em meio ao avanço da pandemia no Brasil.

Foto: Eduardo Bolsonaro (reprodução Instagram)

A abertura de uma investigação sobre possíveis crimes de guerra cometidos por Israel na região da Samaria e Judeia e Faixa de gaza pelo Tribunal Penal Internacional também foi tema do encontro e o Brasil criticou a decisão do promotor e encaminhou ofício ao TPI informando que o país queria participar como “amicus curiae” (amigo da corte) na apuração preliminar do caso.

A delegação brasileira, chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, encerrou na terça-feira a viagem de três dias a Israel, discutindo uma possível parceria para testar o spray nasal que está sendo desenvolvido em Tel Aviv, mas que ainda não tem eficácia comprovada.

O Brasil “abriu caminho” para ser o “principal parceiro” de Israel na segunda e terceira fases dos testes do spray nasal EXO-CD24 contra a covid-19, em desenvolvimento em Tel Aviv, disseram fontes oficiais na terça-feira.

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“Com o Ichilov abrimos o caminho para que o Brasil seja o principal parceiro na 2ª e na 3ª fase dos testes do EXO-CD24, bem como no desenvolvimento, aprimoramento e produção deste spray nasal que vem se mostrando muito promissor no tratamento de casos graves de Covid-19”, anunciou o assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Filipe Martins, no Twitter.

Ainda segundo Filipe Martins, na visita a Israel foi assinada uma outra parceria semelhante, envolvendo o medicamento Allocetra e o desenvolvimento de vacinas, com o Instituto Hadassa. O fármaco em causa será testado em casos moderados e graves.

Já com o “Instituto Weizmann, será estabelecido um grupo de trabalho para a cooperação em mais de 65 linhas de investigação na área de combate à pandemia, incluindo tecnologias de testagem, de previsão de tendências na propagação do vírus, de medicamentos e de vacinas”, acrescentou o assessor.

“Por fim, enquanto o Brasil se prepara para utilizar as vacinas da Pfizer pela primeira vez, acordamos com o Governo israelense o compartilhamento de dados sobre o uso da vacina em Israel, com a finalidade de garantir maior segurança para os brasileiros que optarem por se vacinar”, concluiu Martins.

Foto: Jorge Novominsky (GPO). Da esquerda para direita, Eduardo Bolsonaro, Ernesto Araújo, Tzachi Braverman (assessor de Benjamin Netanyahu) e Filipe Martins, durante reunião em 9 de março de 2021.

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