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UNRWA demite funcionários acusados de envolvimento nos ataques

A Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) anunciou, nesta sexta-feira, que demitiu “vários” funcionários acusados por Israel de estarem envolvidos no ataque terrorista  do Hamas em 7 de outubro no sul de Israel.

“As autoridades israelenses comunicaram à UNRWA informações sobre o envolvimento de vários dos seus funcionários” naquela operação de comando, disse o chefe da agência da ONU, Philippe Lazzarini.

“Decidi rescindir os contratos destes funcionários com efeito imediato e iniciar uma investigação para apurar a verdade sem demora”, acrescentou. “Qualquer funcionário que tenha estado envolvido em atos de terrorismo terá de prestar contas, inclusive mediante ações legais”, acrescentou.

Os Estados Unidos anunciaram, por sua vez, a suspensão do financiamento à UNRWA, “enquanto examinam essas acusações, e as medidas que as Nações Unidas tomam para enfrentá-las”. O Departamento de Estado dos EUA disse estar “extremamente preocupado” com as suspeitas em relação à Agência.

O chefe da ONU, António Guterres, disse estar horrorizado com as acusações e pediu “uma revisão independente urgente e abrangente da UNRWA”, disse o seu porta-voz, Stephane Dujarric.

A UNRWA reiterou sua “condenação nos termos mais fortes” dos ataques de 7 de outubro e pediu a libertação “imediata e sem condições” dos reféns detidos em Gaza. A agência ressaltou que “mais de 2 milhões de pessoas em Gaza dependem da ajuda vital que a agência forneceu desde que a guerra começou”.

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O Canadá tomou medidas semelhantes na sexta-feira, suspendendo o financiamento à organização e dizendo que estava “profundamente preocupado com as alegações relativas a alguns funcionários da UNRWA”.

Embora a declaração da UNRWA não tenha especificado quantos funcionários foram demitidos, a declaração dos EUA revelou que podem ser 12 o número de funcionários envolvidos.

Os Estados Unidos foram o maior doador da agência em 2022, contribuindo com mais de US$ 340 milhões, de acordo com o site da UNRWA.

O principal diplomata da União Europeia disse que também estava “extremamente preocupado” com as alegações e que o bloco está em contato com a UNRWA, mas não anunciou uma suspensão semelhante no financiamento.

“Estamos em contato com a UNRWA e esperamos que ela forneça total transparência sobre as alegações e tome medidas imediatas contra o pessoal envolvido”, disse Josep Borrell num comunicado, ao mesmo tempo que se compromete a “avaliar novas medidas e tirar lições com base no resultado da investigação completa e abrangente”.

A Itália e o Reino Unido anunciaram, neste sábado, a suspensão do seu apoio financeiro à UNRWA, seguindo os Estados Unidos, Canadá, Finlândia e Austrália.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Correio do Povo, The Times of Israel e Ynet
Foto (ilustrativa): FDI (Wikimedia Commons)

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