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A islamização europeia

Por David S. Moran

A França passou (novamente) por uma onda de violência e protestos por parte de sua população muçulmana. Tudo começou quando o motorista de um carro foi parado e lhe pediram para mostrar seus documentos. O motorista, que depois se apurou que é um jovem de origem argelina, de 17 anos, não tinha licença. Quando ele fez um gesto, supostamente para tirar algo, o policial atirou nele matando-o. Alegou que pensou que o jovem ia sacar arma. Esta ação equivocada que pode acontecer em qualquer lugar do mundo, foi o estopim de bagunça, saques de lojas (preferência de grifes), roubos, paralização de ruas e destruição.

Seis dias seguidos correram protestos em Paris e de lá se alastraram para outras cidades: Lion, Marselha e Grenoble. Cerca de 1.000 pessoas foram detidas e dezenas de policiais foram feridos. No domingo (2), cerca de 45 mil policiais foram colocados nas ruas para tentar acalmar os ânimos. Isto depois que mais de 5 mil carros e mais de mil prédios foram queimados pelos bagunceiros.

Não é a primeira vez que bagunça provocada por muçulmanos ocorre na França e em outros países europeus. A França é um país predominantemente cristão de maioria católica e minoria protestante, vai perdendo terreno no que se trata de religião. Mais e mais pessoas se dizem sem religião e ao mesmo tempo a população muçulmana vai crescendo. Isto ocorre por três motivos principais: imigração de cidadãos muçulmanos de antigas colônias francesas, como Marrocos, Argélia, Mali e outros. A maior taxa de fecundidade entre os muçulmanos, comparada a dos cristãos, 2,6 filhos e as não muçulmanas, só 1,6 por família. A estrutura etária dos muçulmanos é mais jovem do que os europeus nativos. Os dados do Centro de Pesquisas PEW mostram que a idade média da mulher muçulmana é de 30,4 anos, a das não muçulmanas é de 43,8 anos. Cerca de 1/3 das jovens muçulmanas tem menos de 15 anos, enquanto só 15% das não muçulmanas tem esta idade. O terceiro motivo é a imigração de muçulmanos para o continente europeu de países islâmicos que estão em guerra interna, como a Síria, de onde fugiram milhões, ou de países pobres dos continentes africano e asiático, procurando vida melhor.

A mídia só dá atenção a este fato quando ocorrem tragédias, como o afogamento naufrágio do barco “Adriana”, que estava a deriva nas costas da Grécia a caminho da Itália. Um barco grego lhes ofereceu ajuda, que foi recusada pela tripulação e pelos passageiros, que acabaram se afogando.

Tomei a França como um exemplo, mas isto ocorre também em outros países europeus. A Turquia, país muçulmano, que é gigante e se estende na Europa e na Ásia, acolheu milhões de refugiados da Síria, não os quer. Está incentivando-os a emigrar para outros países, como a vizinha Grécia e por mar a outros países. A população muçulmana em sua grande maioria, quer se integrar aos países onde vivem, mas basta uma pequena minoria rebelde para fazer levantar populações europeias contra os islamistas. Em Paris já vivem 10% de muçulmanos e em Marselha, 30%. Outras cidades com significativa população muçulmana são entre outras, Malmo, na Suécia, Bruxelas, Antuérpia, Londres, Amsterdam, Frankfurt e Manchester.

Todos estes fatos, fazem com que muitos europeus se rebelem contra a entrada de cidadãos de outras normas e para se prevenir, votam em partidos da direita. Isto ocorreu na Polônia, Hungria e ultimamente fomos notificados que em duas localidades na Alemanha, os vencedores, foram da direita. A Europa tentará conter a influência muçulmana, através de decretos e leis. Esta semana, o Conselho Superior do Estado (a Justiça) decretou proibição de vestir Hijab (a cobertura da cabeça e face das muçulmanas) nos jogos de futebol feminino.

Um pequeno exemplo do que poderá ocorrer no futuro próximo na Europa é o exemplo do que ocorreu na antiga “Suíça do Oriente Médio”, o Líbano. No último censo, realizado em 1932, 56% da população era cristã e 44% muçulmana. Devido as lutas internas e a perseguição contra os cristãos, atualmente avalia-se que 66% são muçulmanos e 34% de cristãos. A vibrante comunidade judaica destes país, deixou-o e atualmente lá vivem cerca de 100 judeus. Estima-se que 15 milhões de libaneses e seus descendentes, deixaram o país ao longo de sua história, a maioria emigrou para o Brasil. As previsões para as próximas décadas são de um número cada vez maior de muçulmanos emigrando para o Velho Continente.

Foto (ilustrativa): Hubert de Thé (Pixabay)

3 thoughts on “A islamização europeia

  • Isaac romano

    Muhamad Kadafi falou que no futuro (agora) os muculmanos seriam maioria,pelo “ventre”.ou seja as muculmanas teriam mais filhos….

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  • Moishe

    Interessante que os anarquistas esquerdistas de israel aprenderam rápido a fazer a mesma coisa!!!
    Incentivados por disgracas como Barak, Olmer , e pelo apoio de Lapid, Gantz e outras figurinhas carimbadas como Bennet esses ativistas utilizam a mesma formula para tentar para o pais e ferindo os direitos de locomoção e tranquilidade que todos os demais cidadaos ( a maioria) tem por lei!! E os pseudo-lideres ameacam fazer pior que os mu8culmanos na Franca!! Que vergonha que virou este nosso unico pais judeu no Mundo!

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  • Roberto Blatt

    David Moran escreve muito bem. A meu ver, aqui ele faz umas análise neutra e contundente, e sem viés. Eu recebia dele por e-mail, fico contente que esteja agora na revista Brasi.il.

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