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Manifestantes marcham contra reforma judiciária

Milhares de ativistas se reuniram em Tel Aviv, na noite de sábado, para protestar contra as reformas judiciárias propostas pelo ministro da Justiça, Yariv Levin, descrevendo o plano como um “perigoso golpe de estado”.

Os manifestantes agitaram bandeiras do orgulho LGBTQ+ e levantaram faixas e cartazes contra o governo de Netanyahu.

Alguns manifestantes, afiliados ao grupo de esquerda Omdim Byahad e outras organizações, marcharam em direção ao Museu de Arte de Tel Aviv, onde realizaram uma manifestação. Outros realizaram uma marcha à luz de tochas pelas ruas da cidade.

Em uma declaração conjunta, no sábado, o Omdim Byahad e o grupo de protesto “Ministro do Crime” denunciaram que “elementos extremistas e perigosos no novo governo” estão tentando “prejudicar a todos nós”, acusando a coalizão governista de atacar os árabes e discriminar com base em gênero e sexualidade.

Acordos de coalizão assinados antes da tomada de posse do novo governo previam uma legislação que permitiria aos provedores de serviços recusar atendimento com base em suas crenças religiosas, uma iniciativa vista pelos críticos como legalizando a discriminação contra pessoas LGBTQ e outros setores.

Os organizadores disseram que o protesto era “contra o golpe de estado levado a cabo pelo governo criminoso que ameaça prejudicar todos os cidadãos, sejam eles quem forem”.

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Na quarta-feira, o ministro da Justiça, Yariv Levin, anunciou um controverso pacote de reforma legal que limitaria drasticamente a autoridade do Supremo Tribunal de Justiça para bloquear a legislação e as decisões do governo consideradas discriminatórias e/ou antidemocráticas, daria ao governo o controle sobre a seleção judicial e acabaria com a nomeação de conselheiros jurídicos pelo procurador-geral.

O movimento anti-Netanyahu Black Flag disse que “o golpe de estado encontrará uma nação de Israel determinada a proteger nossa democracia e as reformas falharão”. A convocação de ativistas dizia que a marcha alertaria o governo de que as reformas não seriam aprovadas sem uma resistência civil sem precedentes.

“Extremistas e atores perigosos no governo recém-estabelecido já estão planejando como atingir a todos nós”, disse a ONG Omdim Byahad. “Como aprofundar a discriminação racial contra os cidadãos árabes, como cortar orçamentos sociais, como discriminar com base no gênero. Não vamos ficar em casa de mãos atadas e ceder ao desespero e à frustração. Onde há luta, também há esperança. E nós vamos sair e lutar pela nossa casa”.

A presidente do Partido Trabalhista, Merav Michaeli, estava entre os manifestantes, assim como a ex-vice-primeira-ministra Tzipi Livni também compareceu, postando elogios aos manifestantes nas redes sociais.

Fontes: The Jerusalem Post e The Times of Israel
Foto: Omdim Byahad (Captura de tela)

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