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Novos dados sobre aliá no século 20

Graças a um novo banco de dados, qualquer pessoa pode rastrear a migração de sua família para Israel desde 1919.

Registros de mais de 1,7 milhão de judeus que emigraram para Israel, desde 1919, foram disponibilizados para acesso público pela primeira vez.

A informação foi tornada pública por meio do uso da empresa de genealogia MyHeritage, com sede em Israel, e é vista como o equivalente israelense do banco de dados de imigrantes de Ellis Island nos Estados Unidos.

Fundado em 2003 para ajudar a rastrear a linhagem familiar, o MyHeritage desde então cresceu e se tornou líder no rastreamento de raízes familiares através de gerações.

Agora, a empresa criou um recurso para aqueles que esperavam traçar o caminho de sua família para Israel no século passado. A empresa fornece o maior banco de dados do mundo de árvores genealógicas judaicas e é a única no mundo a oferecer suporte ao idioma hebraico.

Esses registros de imigração recém-lançados foram originalmente publicados apenas em hebraico, mas graças a uma nova Tecnologia Global de Tradução de Nomes criada e registrada por MyHeritage, a coleção pode ser pesquisada e vista em inglês e em muitos outros idioma.

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Agora, qualquer pessoa com ascendência em Israel, mesmo que tenha sido registrada na época como tendo entrado “ilegalmente” (já que a imigração judaica para a Palestina era considerada ilegal), pode acessar uma extensa coleção de recursos para conectá-los às suas linhagens familiares. Os registros nesta coleção incluirão os nomes dos imigrantes e seus parentes que se juntaram a eles, os parentes estavam esperando por eles em Israel, a cidade de destino, o nome do navio ou meio de transporte de chegada e os nomes dos pais.

A coleção também grande quantidade de imagens para apoiar esses registros.

A coleção fornecerá referência apenas sobre judeus que chegaram a Israel por avião ou navio, embora não exclua totalmente os judeus que vieram por terra de países árabes como Síria, Líbano e Iraque, de acordo com a Biblioteca Nacional de Israel.

Esses imigrantes judeus chegaram ao Mandato Britânico da Palestina no final da década de 1940 por meio de missões clandestinas, frequentemente lideradas pelo Mossad.

No entanto, os registros não vão além de 1919 e, portanto, não incluem informações sobre a migração judaica para a então Palestina controlada pelos otomanos nas primeiras ondas de Aliá entre 1882 e 1918.

Embora pessoas de muitas identidades religiosas diferentes tenham migrado para Israel ao longo dos anos, os dados se concentram principalmente na imigração judaica. Os registros permitem um olhar mais atento sobre as ondas de migração que ocorreram ao longo do século 20, e em particular durante as décadas de 1930 e 1940, quando os judeus foram forçados a entrar na Palestina sob mandato britânico por meio de métodos “ilegais” devido a cotas estabelecidas para limitar a imigração judaica para a região. Essas cotas e limites impediram que muitos refugiados judeus fugindo dos nazistas e de outros regimes fascistas entrassem legalmente no país.

Judeus imigraram para Israel de todo o mundo, principalmente da Europa e do Oriente Médio durante o século 20, vindo em massa da Polônia, da então União Soviética, Romênia, Áustria, Alemanha, Grécia, Tchecoslováquia e Lituânia, entre outros. Judeus do Iêmen, Iraque, Turquia e Irã também imigraram aos milhares, embora alguns não tenham recebido status de imigração legal em sua chegada.

O banco de dados recém-publicado não inclui listas de imigrantes ilegais, embora várias listas de crianças que chegaram como parte da imigração juvenil durante esse período estejam incluídas.

As informações foram disponibilizadas ao banco de dados da empresa após mais de um ano de varredura cronológica nos Arquivos do Estado de Israel com listas de imigrantes.

Fonte: The Jerusalem Post
Foto: Wikimedia Commons. O Palmach, Imigração para Israel

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