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OMS suspende emergência internacional do Covid

A Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu ontem a emergência internacional devido à pandemia de Covid-19, declarada desde 30 de janeiro de 2020, dada a notável redução de casos graves e mortes em todo o mundo.

A decisão foi anunciada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, depois de o comitê de emergência da entidade se ter reunido, na quinta-feira, para analisar a situação atual da pandemia, que em mais de três anos atingiu pelo menos 765 milhões de pessoas e provocou a morte de cerca de 20 milhões.

Israel confirmou a morte de sua 12.500ª vítima do coronavírus nesta semana.

Israel foi um dos primeiros países fora do Leste Asiático a impor restrições rígidas de viagens e quarentena, entre o final de fevereiro e início de março de 2020, depois que o então nascente vírus começou a se espalhar pelo mundo, após sua primeira detecção na China, no final de 2019.

Em 10 dias, Israel suspenderá uma das últimas de suas poucas restrições de saúde restantes: acabará com o isolamento domiciliar obrigatório para portadores do COVID-19.

“É um momento de comemoração, conquistado após o trabalho incansável de milhões de profissionais de saúde, muita inovação e pesquisa, decisões difíceis tomadas por governos e sacrifícios que todos tivemos que fazer”, disse Tedros ao fazer um balanço de 1.221 dias em situação de emergência sanitária.

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“É também um momento de reflexão, pois as cicatrizes que deixamos devem servir de lembrança permanente do risco de surgimento de novos vírus com consequências devastadoras”, acrescentou o especialista etíope.

Tedros alertou ainda que o levantamento da emergência internacional “não significa que a Covid deixou de ser uma ameaça”, lembrando que ainda provoca uma morte no mundo a cada três minutos enquanto “milhares de pessoas no mundo continuam a lutar por suas vidas em unidades de terapia intensiva” e outros sofrem de sintomas pós-covid.

“A pior coisa que os países podem fazer agora é usar esta notícia como desculpa para baixar a guarda, desmantelar os sistemas que construíram ou enviar a mensagem à população de que não há mais necessidade de se preocupar”, alertou.

No entanto, Tedros destacou que há um ano a pandemia segue uma tendência de queda, pois a imunização da população mundial aumentou tanto devido às vacinações em massa quanto às defesas naturais desenvolvidas por muitos daqueles que superaram a doença.

Desde o início do ano, o número de infeções por covid e de mortes notificadas tem diminuído em todo o mundo: na última semana de abril, a OMS confirmou 630.000 casos e 3.500 mortes, quando em janeiro foram mais de 1,3 milhão de positivos e 14.000 mortes, em parte devido à onda na China.

Tedros alertou que, diante de um vírus que ainda pode mudar para variantes mais letais e contagiosas, a OMS permanecerá em alerta e anunciou que, pela primeira vez na história da organização, apesar de não haver emergência internacional, um comitê de revisão continuará a analisar periodicamente a situação do vírus.

A comissão “vai desenvolver recomendações a longo prazo para que os países possam continuar a gerir a resposta à doença”, numa altura em que as redes de saúde devem transitar de um estado de emergência para outro em que a Covid é tratada de forma semelhante a outras doenças infeciosas.

“A Covid-19 foi muito mais do que uma crise de saúde: causou caos econômico, subtraindo trilhões do PIB, afetando viagens e comércio, atingindo empresas e arrastando milhões para a pobreza”, lembrou Tedros.

Além disso, “dividiu as nações e minou a confiança das populações em seus governos e nas instituições, em meio a grandes fluxos de desinformação”.

De acordo com o painel de coronavírus do Ministério da Saúde, 225 casos de coronavírus foram relatados em Israel na quinta-feira, elevando o número de casos atualmente ativos em todo o país para 3.083.

Cerca de 200 pessoas estão hospitalizadas com a doença, incluindo cerca de 20 pacientes conectados a respiradores, até sexta-feira.

Mais de 4,8 milhões de casos foram registrados em Israel desde o início da pandemia.

Fontes: Aurora e The Times of Israel
Foto: Canva

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