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Os momentos e os preparativos antes do ataque terrorista

O que aconteceu em Gaza duas horas antes do Sábado Negro? Os detalhes dramáticos foram reconstituídos pelo popular jornal britânico, o “The Guardian”.

A reconstituição dos momentos anteriores à eclosão da guerra foi feita a partir de muitas fontes, incluindo reuniões com funcionários da inteligência israelense, especialistas, fontes com conhecimento direto dos relatórios de interrogatório de terroristas do Hamas capturados de material divulgado pelo Hamas.

Nas horas que antecederam o massacre, os detalhes eram conhecidos apenas por alguns comandantes seniores da ala militar do Hamas.

Esta medida foi decidida para enganar perfeitamente os sistemas de inteligência e segurança em Israel.

Entre as 5h e as 6h  da manhã, as instruções começaram a ser enviadas a milhares de terroristas do Hamas. Primeiro chegaram a cerca de cem pessoas, incluindo os comandantes dos batalhões da ala militar do Hamas, e daí os comandantes de esquadrões de cerca de 20, 30 terroristas.

Nesta fase, as instruções começaram a ser transmitidas boca a boca entre milhares de residentes da Faixa de Gaza e muitos que não fazem parte da força Nukhba, do braço militar do Hamas, juntaram-se aos terroristas.

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Somente quando os milhares de terroristas estavam reunidos nos pontos de encontro é que lhes foi dada munição e meios de combate mais avançados. Em pouco tempo, os esquadrões de assassinato e massacre possuíam mísseis antitanque, metralhadoras pesadas, rifles de precisão, explosivos, granadas e outras armas que não são mantidas em poder privado em dias normais.

Às 6h da manhã foram recebidas as instruções finais. O sol já havia nascido e os terroristas avançaram para os pontos de onde partiram em direção aos buracos e brechas que foram especialmente abertos para eles na cerca da fronteira. Aos milhares de terroristas Nukhba e os civis que se incorporaram à força, juntaram-se muitos mais terroristas da Jihad Islâmica, que desconheciam completamente os detalhes do plano, e foram expostos a eles juntamente com o resto dos residentes da Faixa de Gaza, minutos antes do início do ataque.

Cada esquadrão de terroristas recebeu uma missão específica e um alvo para se concentrar: uma base militar, uma cidade, um kibutz ou uma vila, bem como um trecho de estrada ou estrada na área circundante. Como já foi revelado, a maioria dos esquadrões da morte dispunha de recursos de inteligência avançados e detalhados, incluindo mapas e informações recolhidas nos meses anteriores ao massacre por palestinos que trabalhavam legalmente em Israel. Os terroristas tinham a informação detalhada sobre os postos avançados das FDI e sobre os assentamentos circundantes. No entanto, a festa, na qual pelo menos 260 pessoas foram assassinadas, não estava entre os alvos iniciais, segundo entendem as fontes.

Os esquadrões de morte foram divididos em três grupos, cujas tarefas principais lhes foram dadas antecipadamente.

Primeiro, danos diretos a bases militares e postos avançados, bem como a kibutzim, cidades e assentamentos. Os terroristas capturados e interrogados em Israel disseram explicitamente que receberam instruções para assassinar o maior número possível de civis e soldados.

Segundo, posicionamento em locais-chave de estradas, com o objetivo de emboscar o reforço israelense e as forças de emergência, que obviamente seriam enviadas para a área em grandes quantidades. Essas emboscadas atingiram as forças das FDI, Magen David Adom e outros que chegaram à área nas várias ondas de reforços horas após o início do massacre.

Os esquadrões do terceiro tipo foram concebidos e destinados, desde o início, a capturar o maior número possível de reféns – tanto soldados como civis – e transportá-los para a Faixa de Gaza o mais rapidamente possível. Os mesmos esquadrões planejaram antecipadamente para que túneis nas profundezas da Faixa de Gaza conduziriam os raptados e como e em que condições os manteriam.

Autoridades de segurança em Israel acreditam que a liderança política do Hamas no exterior, como Ismail Haniyeh e Saleh al-Aruri, não tinha conhecimento dos detalhes do plano, nem os países no Oriente Médio que apoiam o Hamas, como o Irã e Catar. Apesar disso, a crença popular é que “havia consciência de um plano geral que deveria ser implementado”. Uma fonte próxima ao Hamas disse à Reuters há algumas semanas que apenas um “círculo muito limitado” estava ciente do plano, que foi escrito diretamente por Yahya Sinwar e Muhammad Daf.

O Hamas equipou os agressores com câmeras GoPro para tirar fotos do ataque. Algumas das imagens horríveis encontradas mostram abusos e assassinatos sádicos. Esses clipes foram publicados pelo Hamas e mostravam pessoas assustadas implorando por suas vidas e um cachorro sendo baleado.

“A publicação destas fotos nos canais oficiais do Hamas indica que o ataque de 7 de outubro foi, pelo menos em parte, ‘para propaganda'”, disseram especialistas em terrorismo.

Fonte: Revista Bras.il a partir de N12 e Maariv
Foto: Hamas Massacre

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