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Parlamentares pedem respeito aos dias memoriais

Mais de 90 membros da Knesset assinaram uma petição distribuída pelo deputado Chili Tropper, do Partido da Unidade Nacional, pedindo aos israelenses que respeitem os próximos dias de lembrança e não os interrompam por razões políticas.

“A dor das famílias enlutadas e a memória do Holocausto não pertencem à esquerda ou à direita, aos apoiadores do governo ou seus opositores”, começava a carta.

Tropper escreveu que Israel estava passando por um de seus momentos mais difíceis, mas que os dias de lembrança eram uma oportunidade de convergir para valores compartilhados.

“A disputa é legítima, mas se perdermos este farol da cooperação israelense, se desligarmos nossa luz, a tempestade pode afogar todos nós”, escreveu Tropper.

“Os filhos e filhas enterrados nos cemitérios militares vieram de todos os grupos e tribos”, escreveu ele, e pediu a todos os lados da disputa que respeitassem sua memória

A carta criou um consenso raro e foi assinada por mais de três quartos dos parlamentares da Knesset de ambos os lados.

A ministra dos Transportes, Miri Regev, tentou convencer outros membros do Likud a assinar uma carta diferente, de sua autoria, que também incluía apelos para não interromper as comemorações do Dia da Independência, mas sua carta foi ignorada pela maioria dos deputados.

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Ex-ministra da Cultura e Esportes, Regev exigiu manter no atual governo seu poder sobre as cerimônias e feriados nacionais. Como tal, ela é responsável pela cerimônia nacional anual do Dia da Independência, que os manifestantes contra as reformas judiciais do governo ameaçaram interromper.

Várias organizações civis anunciaram seu apoio ao chamado de Tropper, assim como o presidente do partido, Benny Gantz.

“Estamos nos aproximando dos dias mais sagrados do calendário israelense e ao lado da importante e justa luta pelo caráter democrático de Israel, temos o dever de salvaguardar a honra de nossos heróis, que são as bandejas de prata sobre as quais o país foi fundado e cresceu, e por causa de quem estamos aqui hoje”, escreveu Gantz no Twitter.

O líder da oposição Yair Lapid se recusou a emitir uma declaração conjunta com a ministra dos Transportes, Miri Regev, pedindo que o Dia da Independência também seja livre de protestos.

“Não vamos fingir que estamos comemorando juntos e que está tudo bem enquanto o governo está dilacerando o povo de Israel e apagando a democracia, e não vamos sentar e assistir a outro embaraçoso show de bajulação para a família Netanyahu”, disse Lapid.

Fonte: The Jerusalem Post
Foto: Wikimedia Commons

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