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Projeto aprovado, começam as manifestações

O Projeto de Lei do Padrão de Razoabilidade foi aprovado na primeira leitura no plenário da Knesset por uma votação de 64 a 56.

Hoje, espera-se uma discussão no Comitê de Constituição, para preparar a lei para segunda e terceira leituras.

O “projeto de lei do padrão de razoabilidade” é uma emenda à Lei Básica: O Judiciário, que impediria os tribunais de Israel de aplicar o que é conhecido como “padrão de razoabilidade” às decisões tomadas por autoridades eleitas. O padrão de razoabilidade é uma doutrina de direito comum que permite a revisão judicial contra decisões administrativas do governo que são consideradas além do escopo do que uma autoridade responsável e razoável empreenderia.

Após a aprovação do projeto de lei, membros da oposição gritaram “vergonha”!

Antes da votação, um motim estourou na frente da Knesset quando os manifestantes tentaram invadir o plenário e foram retirados à força.

A galeria pública foi fechada aos visitantes por medo de tumultos, mas os manifestantes chegaram ao local pela entrada que leva ao plenário, por onde entram os deputados e seus convidados.

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Benny Gantz disse que “esta é a bola de neve que vai ganhar força e esmagar o país se não pararmos agora. Esse é o início de um processo perigoso, de retirar limitações do governo e apagar a revisão judicial. Quem vai ser prejudicado é antes de tudo o pequeno cidadão”.

O “Dia da Resistência” como os manifestantes estão chamando os protestos contra a aprovação do projeto de lei judicial começaram desde cedo em todo o país.

Tendas foram montadas nas primeiras horas da manhã em um cruzamento em Herzliya. As barracas bloquearam o tráfego nas duas direções da Rota 20, no centro da cidade, disse a polícia. Vídeos nas redes sociais mostram os manifestantes queimando pneus e cantando canções de protesto.

No cruzamento de Karkur, perto de Hadera, os manifestantes bloquearam a Rota 65 com uma enorme faixa que dizia “entrada proibida para ditadura”.

Os manifestantes se reunirão no consulado dos EUA em Tel Aviv e na residência do presidente em Jerusalém a partir das 18h30, e em vários locais em todo o país, às 20h30.

Espera-se também que os manifestantes bloqueiem rodovias, cruzamentos importantes e se reúnam em frente à Suprema Corte e à Knesset.

Alguns empregadores, incluindo bancos, universidades e empresas de tecnologia, concederam a seus trabalhadores o dia de folga para participar dos protestos.

O auge dos protestos será às 10 horas, na Rua Kaplan em Tel Aviv, perto do complexo do Sarona e no mesmo horário em Jerusalém, em frente ao Supremo Tribunal.

A polícia reforçou as forças em todo o país para os eventos desta terça-feira.

Às 16h os manifestantes devem se dirigir ao Aeroporto internacional Ben-Gurion. Cerca de 84 mil pessoas devem passar pelo aeroporto em 499 voos. A Autoridade Aeroportuária disse que fez se preparou para lidar com os manifestantes.

Cerca de 900 policiais serão enviados ao aeroporto e oficiais à paisana estarão presentes no aeroporto para tentar evitar qualquer conflito entre os manifestantes e seus oponentes, ou entre os manifestantes e os passageiros, informou a TV Kan.

A ministra dos Transportes, Miri Regev, pediu à polícia para limitar a entrada no Terminal 3 do Aeroporto apenas a pessoas com passagens aéreas.

Os organizadores dos protestos prometem uma manifestação “como nunca antes vista em Israel”.

Eles disseram que estavam “fazendo um apelo final para que o governo suspendesse a legislação”.

“Se o governo não parar, todo o país vai parar”, disseram eles.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Jerusalem Post e Canal 13
Foto: The Democratic Protest Headquarters

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