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Aplicativos obrigatórios no Catar na Copa

Os aplicativos obrigatórios do governo do Catar para os participantes da Copa do Mundo de Futebol são um pesadelo de segurança e privacidade de dados, alertaram especialistas em segurança.

Os torcedores que forem ao Catar para a Copa do Mundo terão que baixar dois aplicativos: o Ehteraz, um app para rastrear a COVID-19, e o Hayya, que será usado para entrar nos jogos, bem como para obter acesso gratuito ao transporte público do Catar para os portadores de bilhetes.

O aplicativo de rastreamento de contatos Ehteraz foi criticado por especialistas em segurança, pois permite acesso remoto a fotos e vídeos dos usuários, além de fazer chamadas telefônicas não solicitadas, de acordo com o The Register. Além disso, o aplicativo de rastreamento do COVID-19 exige que os serviços de localização estejam constantemente ligados e dá ao aplicativo a capacidade de ler e gravar arquivos no sistema.

O aplicativo Hayya, que permite que os portadores de ingressos entrem nos estádios e usem o sistema de transporte público gratuitamente, também levantou alertas de especialistas. Hayya pode ser usado para determinar a localização exata, evitar que ele entre no modo de suspensão e pode visualizar as conexões de rede do telefone, de acordo com a NRK (Norwegian Broadcasting Corporation).

O chefe de segurança da NRK, Øyvind Vasaasen, comentou sobre as possíveis violações de privacidade na Copa do Mundo do Catar, dizendo: “Não é meu trabalho dar conselhos de viagem, mas pessoalmente eu nunca levaria meu celular em uma visita ao Catar”.

Com cerca de 1,5 milhão de torcedores esperados no estado do Golfo durante a Copa do Mundo, um possível vazamento de dados pode levar a uma violação generalizada de privacidade.

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A autoridade francesa de proteção de dados CNIL recomendou que os torcedores que viajam para a Copa do Mundo usem um “telefone descartável”, a fim de evitar as possíveis violações de dados e privacidade que os aplicativos obrigatórios podem causar.

“Deve-se ter um cuidado especial com fotos, vídeos ou trabalhos digitais que possam colocar você em dificuldades com relação à legislação do país visitado”, disse um porta-voz da CNIL.

Fonte: The Jerusalem Post
Fonte: Canva

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