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Dispositivo diminui internações por doenças respiratórias

Um dispositivo de saúde israelense vestível, que será comercializado em breve, pode diminuir o número de internações por doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

O sistema de monitoramento respiratório portátil em desenvolvimento pela Resmetrix Medical monitora, registra e analisa de forma contínua e precisa os padrões respiratórios, medidos a partir de uma faixa torácica exclusiva. Ele envia alertas de sinais precoces de deterioração na condição clínica de um paciente.

O sistema poderia ser usado como uma plataforma para gerenciar qualquer doença respiratória, incluindo asma. Mas o foco inicial é a DPOC, explica o CEO Carmit Levy, engenheiro biomédico com doutorado no Instituto de Tecnologia Technion-Israel.

No mundo, cerca de 250 milhões de pessoas têm DPOC, sofrendo de problemas respiratórios a longo prazo e fluxo de ar insuficiente. Mais de 16 milhões de americanos têm DPOC, sendo a quarta principal causa de morte nos Estados Unidos.

Segundo Levy, “vinte por cento dos pacientes com DPOC que são hospitalizados são readmitidos dentro de 30 dias após a alta. As companhias de seguros impõem uma penalidade aos hospitais por esses pacientes readmitidos. Portanto, existe um grande incentivo para os hospitais monitorá-los após a alta. Este é exatamente o nosso ponto de entrada.”

O sensor Resmetrix incorporado na tira torácica monitora pequenas alterações na circunferência do peito, o volume corrente e a quantidade de ar inspirado e expirado pelos pulmões. Os sensores também medem os sinais vitais, incluindo a frequência cardíaca e a temperatura. O paciente não precisa fazer nada além de colocar o dispositivo. Os dados coletados são transmitidos com segurança pela nuvem, através da alça torácica, para um aplicativo de smartphone.

“No aplicativo, um algoritmo analisa o padrão respiratório do paciente e um algoritmo exclusivo de IA (inteligência artificial) prevê quando o paciente está começando a entrar em crise e envia um alarme. Dessa forma, o paciente saberá iniciar o tratamento ou, se a alteração for grave, ligar para o médico”, diz Levy.

Se a aprovação da FDA for concedida, o dispositivo deve chegar ao mercado dentro de um ano e meio a dois anos.

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