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Game desenvolvido por brasileiro incentiva o terrorismo

Um videogame no qual os jogadores assumem o papel de um terrorista palestino cuja missão é matar o maior número possível de israelenses é objeto de uma contestação legal por incitação, na Itália.

Lançado em setembro de 2021, o videogame “Knights of Al Aqsa” gira em torno do jovem palestino “Ahmed”, que acaba de ser libertado de uma prisão em Israel. O objetivo de Ahmed no jogo é matar soldados israelenses e agentes do governo usando uma variedade de armas, incluindo rifles semiautomáticos, facas e machados.

Três associações pró-Israel na Itália já apresentaram uma queixa ao promotor público na região de Asti, afirmando que o jogo viola as leis italianas contra o terrorismo, o incitamento racial e a negação e abuso do Holocausto.

Uma declaração dos advogados que representam os grupos pró-Israel destacou a violência sangrenta que caracteriza o jogo ao lado da promoção de metáforas antissemitas. Comparando o imaginário do jogo com “propaganda nazista e fascista”, o comunicado observou que “o alvo a ser eliminado é sempre o judeu, marcado pela Estrela de Davi”.

Desenvolvido por Nidal Nijm, um brasileiro de 37 anos cujo pai lutou com a organização terrorista palestina Fatah, “Knights of Al Aqsa” é facilmente baixado do Steam, uma popular plataforma de jogos online com mais de 120 milhões de usuários ativos mensalmente.

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Em entrevista no ano passado à agência de notícias palestina Quds, Nijm afirmou que não tinha nada contra os judeus, mas que o “sionismo” era a principal causa do preconceito antijudaico, hoje.

“Valente herói! Se vingue com a adaga”, exorta o jogo. “O sangue dos oprimidos te chama. Resistência não é terrorismo”.

O jogo foi fortemente criticado por outros desenvolvedores, bem como por grupos judeus. Em setembro passado, o Simon Wiesenthal Center (SWC) pediu um boicote à plataforma Steam até que o “Knights of Al Aqsa” fosse removido. “Não há dúvida de que este jogo glorifica o terror palestino contra os judeus e não é um exercício neutro”, disse Efraim Zuroff, diretor do escritório do SWC em Israel, na época.

Fontes: The New Arab e The Algemeiner
Foto: Divulgação

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