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O mundo ao avesso

Por David S. Moran

O povo judeu sofreu uma tragédia nunca antes vista na história. O regime nazista teve como objetivo exterminar o milenar povo judeu, assassinou um terço do povo judeu, isto é, dizimou 6 milhões de seres humanos.

Os sobreviventes não foram pedir esmolas. Muitos emigraram da Europa a outros lugares inclusive à Palestina-Eretz Israel (sob Mandato Britânico). Lá, na antiga terra dos hebreus, área desértica na sua maior parte, criaram o Estado de Israel. Neste território vivem também 21% de árabes, com todos os direitos dos demais israelenses. O nome de Israel foi popular no mundo todo por suas descobertas na área da agricultura, irrigação e com o tempo no campo da alta tecnologia, com invenções nas comunicações e nas áreas militares.

Por outro lado, 250.000 árabes que viviam na Faixa de Gaza (que até 1967 era parte do Egito), nada fizeram para prosperar. Vivem até os dias de hoje, dezenas de anos depois, na miséria, a mercê da ONU, que criou a agência UNRWA só para lidar com refugiados palestinos (termo que até 1964 nunca tinha sido mencionado). A UNRWA criou escolas nas quais leciona o ódio aos judeus e aos israelenses. Grande parte da população continua a viver em campos de “refugiados”, só para não perder os benefícios da UNRWA. Os “tios” árabes ricos não fazem nada para tirar os palestinos da pobreza. Desprezam-nos e os usam como manobra contra os israelenses e o Ocidente. Este Ocidente que os ajuda mais dos que os “irmãos” árabes.

O massacre de 7 de outubro último não foi um ato isolado no mundo. Os árabes palestinos a partir do final dos anos 60 do século passado aprimoraram o sequestro de aviões de passageiros. Em setembro de 1970 desviaram quatro aviões para o deserto na Jordânia e os explodiram. Também tentaram abater aviões em pleno ar. Um avião da Swissair, que partia de Zurique para Hong-Kong com escala em Tel Aviv, (fevereiro/1970) continha carregamento de correio e um saco contendo explosivo explodiu ao decolar matando 47 pessoas, inclusive 16 israelenses. Em 1986, um terrorista palestino deu a sua namorada europeia um pacote levar para sua mãe. O voo de Londres a Tel Aviv levava a bordo 375 pessoas e o pacote continha uma bomba que explodiria quando o avião chegasse a certa altura. Para sorte de todos, os agentes de segurança da El Al desconfiaram da moça e revistaram seu conteúdo e o plano palestino fracassou.

Para evitar estas tragédias, que foram assimiladas por outras organizações terroristas, os aeroportos no mundo se transformaram em “bases militares”, onde tudo é vistoriado. Esta foi uma das realizações que os palestinos trouxeram ao mundo.

O terrível atentado de 9/11 (11 de setembro) com o sequestros de quatro aviões, lançados contra as torres gêmeas em Nova York e o Pentágono e a tentativa de derrubar o quarto sobre a Casa Branca. Neste houve combate e, no final, o avião caiu na Pensilvânia. Essas ações partiram de terroristas sauditas da Al Qaeda mas, como se nota, eles visavam a destruição e não a construção ou invenção de algo.

Não tenho a intenção de ser considerado islamofóbico, mas a religião que mais cresce no mundo é o islã, pela bigamia e múltiplos filhos e por obrigar outros a se converter. O caso das guerras entre a Índia (hindus) contra Paquistão e Caxemira (muçulmanos), na Nigéria onde os muçulmanos atacam os cristãos, os radicais da Al Qaeda e ISIS que lutaram na Síria e a Irmandade Islâmica que depôs o presidente egípcio Mubarak e depois o governo do Mursi, foi deposto pelo atual A Sisi, são alguns casos exemplares.

Isto, sem mencionar a infiltração islâmica na Europa e em outros lugares no mundo e o crescimento da influência nos meios políticos (para obter votos) europeus. O caso da cidade de Malmo na Suécia é típico, aproveitando-se da ingenuidade sueca. Se os muçulmanos querem manter suas tradições, por que se mudam para o Ocidente e obrigam os cidadãos locais a aceitar rezas coletivas no Times Square, em Nova Yorke nos centros de Paris ou Londres? Lugar de reza é nas mesquitas, igrejas ou sinagogas e não no meio das ruas.

O caso de 07/10/23

O terrível ataque perpetrado pela organização terrorista Hamas contra os kibutzim e comunidades israelenses no sábado não veio do ar. Os apoiadores desta organização no Ocidente tendem a esquecer que o Hamas declara abertamente que seu objetivo é exterminar o Estado de Israel. Sem rodeios, está aí explicito. O Hamas covardemente montou um aparato militar, com rede de túneis que pode fazer inveja a qualquer sistema de metrô. São cerca de 1.000 km. De túneis com rede de computação, celas para prisioneiros, salas, quartos, banheiros, interligados. São tão bem montados que, mesmo 161 dias depois do início da guerra, ainda não se sabe de Yahya Sinwar. Tudo isto as custas do povo. Este povo que paga também com sua própria vida, pois o Hamas o usa como escudo humano. O próprio Sinwar assassinou cinco palestinos que desconfiou serem colaboradores com Israel. Os reféns israelenses, no total de 134, inclusive dezenas que já se sabe que estão mortos, são levados com Sinwar de um lugar a outro para lhe servir de proteção.

Os “bonitos de espirito” do Ocidente, como o próprio presidente do Brasil, Lula, conhecem fatos pela mídia e não a realidade total. Há 200.000 israelenses deslocados de suas casas no Sul e no Norte. Na fronteira libanesa e com a Síria, a organização terrorista Hizballah começou quase simultaneamente com o Hamas a atacar os povoados israelenses que tiveram de ser evacuadas. É uma tragédia humana, educacional e monetária. Isto sem mencionar que o mundo Ocidental esquece que o Hamas provocou a maior catástrofe do mundo judaico e israelense desde o Holocausto, há 79 anos. No sábado 7/10 assassinou, em um dia, 1.200 israelenses e capturou e levou para Gaza outros 250.

A UNRWA, que é uma agência da ONU, criou escolas onde os alunos aprendem a odiar os judeus e os israelenses e isto não foi às escondidas, está nos livros de ensino para verem.

Se acusam Israel pela grande destruição em Gaza, têm razão e por que é isto? A resposta é, como antes mencionado, o Hamas se esconde atrás dos civis. O Hamas lança foguetes e atira de hospitais, escolas e até de cemitérios. Quando Israel revida, isto serve para fazer propaganda anti-israelense.

Esta é também a grande diferença entre os dois lados em litígio. De um lado, a democracia que tem que seguir normas internacionais e tudo é aberto e dá para falar livremente e, de outro lado, a autocracia ditatorial em que a população teme o governo e colabora com ele voluntariamente ou não. Na quinta (14/3) correu a informação de que um líder de “hamula” (tribo familiar) árabe foi assassinado pelo Hamas, sob a acusação de que teria conversações com israelenses sobre o “dia de depois da guerra”. O Hamas se apodera dos alimentos que chegam a Gaza e este confisco lhe rende dinheiro, pois vende os alimentos pelo dobro ou triplo do preço que seria nos supermercados. Fala-se muito da construção de um porto em Gaza por onde entraria o carregamento de alimentos. Quem fiscalizaria isto, quem vigiaria que não entre material bélico?

Por fim, vale a pena pensar o que Israel fez para o benefício do mundo, em descobertas e iniciativas em quase todos os ramos e que benefícios (se é que tem) trouxeram os árabes em geral e os palestinos em particular. Se o mundo criar agora um Estado Palestino, depois da chacina, da grande tragédia que o Hamas cometeu contra os israelenses, isto representaria um prêmio ao terrorismo e confirmaria que o mundo pensa ao avesso.

O governo americano contra o regime do Netanyahu

Desde a década dos anos 50 e intensificando nos anos 60 do século passado, Israel não tem um aliado maior e mais importante que os Estados Unidos. Houve governos mais amigáveis, outros menos, mas a aliança se manteve. Isto foi representado nas relações econômicas, militares e políticas, com os EUA votando em fóruns internacionais a favor de Israel e mantendo os vetos no Conselho de Segurança da ONU, quando votavam contra Israel. Não há a menor dúvida de que o presidente Joe Biden é o presidente mais amigável de Israel e até se autodenominou “Sionista”. Ultimamente, e mais ainda depois do início da Guerra Espadas de Ferro, Biden e Netanyahu não veem olho a olho as manobras que devem ser feitas. Quando Biden diz algo e Netanyahu o contradiz, o chefe do governo israelense não leva em conta que Biden corre pela reeleição em novembro. Evidentemente que não deve concordar com tudo que os outros dizem, mas há o jeito de fechar as discórdias, falando em portas fechadas e mais diplomaticamente.

Um dos últimos atos de Biden foi dizer na CNBC (10): “Netanyahu mais prejudica Israel do que traz benefício”. Outro meio de trazer sua insatisfação foi através do jornalista da NYT, Thomas Fridman e na quinta (14/3) com a fala do líder do Senado, o democrata Chuck Schumer: “Netanyahu perdeu seu caminho priorizando o seu futuro político ao interesse da nação”. Ele também chamou para realizar novas eleições em Israel. A rápida resposta do Likud foi de que Israel não é uma república de bananas e rechaçou intervenção de fora no processo político.

A opinião pública americana simpatiza e apoia Israel. Segundo uma pesquisa do Gallup, o apoio de 58% é 10% menor que há 10 anos e é o menor nos últimos 20 anos. O “consolo” é que a visão positiva aos palestinos também caiu em 8% e está em 18%.

Este ano há eleições nos EUA e, ao que parece, vão concorrer o idoso Biden contra o excêntrico Trump. Este não sabe o que diz e se sabe é ainda pior. Esta semana foram publicadas partes de um livro de um ajudante do Trump. Lá ele escreve que Trump lhe disse: “Hitler fez algumas boas coisas”. Perguntado o que, Trump disse “melhorou a economia do país”. Trump parece adorar ditadores e já fez elogios a Putin, Orban e ao Ji Jinping.

Foto: FDI

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