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Bennett pede responsabilidade para derrotar vírus

O primeiro-ministro Naftali Bennett disse, na quarta-feira, que Israel pode vencer a variante delta do coronavírus em cinco semanas, apelando para o senso de responsabilidade dos israelenses de aderir às diretrizes do governo e culpando seu antecessor, Benjamin Netanyahu, pelo recente aumento de casos COVID-19.

Bennett disse em uma coletiva de imprensa que seu governo busca evitar os bloqueios em massa que caracterizaram a forma como o país lidou com os três surtos anteriores de coronavírus. Em vez disso, Israel irá optar por uma política de incentivo ao uso de máscaras, expandindo as vacinações e encorajando o distanciamento social.

“Temos duas opções: a primeira opção é ficar indiferente, dizer que é problema do governo e aí os casos vão disparar e teremos que instaurar um lockdown; a outra opção é que cada um de nós assuma a responsabilidade e aí poderemos acabar todo essa situação em cinco semanas”, disse Bennett.

Bennett insistiu na eficácia das máscaras na redução das taxas de infecção e disse que a polícia foi instruída a fiscalizar o uso de máscaras em ambientes fechados e a aplicar multas aos violadores.

Ele também pediu aos israelenses não vacinados – 1,5 milhão de pessoas, incluindo 300 mil adolescentes, de acordo com o primeiro-ministro – que se vacinem.

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Por último, Bennett implorou ao público para evitar reuniões em massa e seguir protocolos de distanciamento social. “Isso significa que não há mais aperto de mão. Você pode fazer isso com o cotovelo”, disse ele, demonstrando o ato com um assessor.

Bennett também acusou o governo de Netanyahu de permitir que israelenses entrassem e saíssem do país sem impedimentos, até mesmo para países com altos índices de contaminação por coronavírus, trazendo variantes do vírus que se espalharam em Israel. “Foi uma negligência grave que durou um ano e meio”, disse Bennett.

O partido Likud de Netanyahu disse em resposta: “Bennett deu uma coletiva de imprensa para anunciar que não tem decisões ou diretrizes enquanto o coronavírus está de volta a Israel sob seu comando. Nenhuma desculpa falsa de Bennett vai explicar como ele deixou o coronavírus voltar para Israel depois que Netanyahu lhe entregou um país na melhor forma do mundo”.

A declaração de Bennett veio quando Israel atingiu outro pico nas infecções diárias por coronavírus, com 754 casos relatados pelo Ministério da Saúde, na terça-feira. Os casos graves também aumentaram de oito para 53, ainda um número baixo. Em relação ao mês passado, os novos casos diários aumentaram 3.000 por cento, de uma média móvel diária de 15 para cerca de 500. No mesmo período, os casos graves aumentaram 150 por cento, de 20 casos graves ativos para 53.

O aumento de casos é atribuído à disseminação da variante delta do coronavírus, que é duas vezes mais contagiosa que a variante original do COVID-19 e se tornou a cepa dominante do vírus em Israel.

Na semana passada, um passageiro vacinado que chegou a Israel do exterior foi diagnosticado com o primeiro caso de uma nova variante do coronavírus conhecida como delta plus. A variante delta plus é muito semelhante à variante delta mais difundida e ainda não está claro se ela é mais contagiosa ou perigosa do que a variante delta.

Ainda assim, as autoridades de saúde de Israel não se incomodaram com o aumento de casos, que ocorre em um momento em que a maioria da população é vacinada e os casos graves permanecem relativamente baixos.

Em consonância com as recomendações do Ministério da Saúde, o gabinete de coronavírus de Israel tem como objetivo amenizar as restrições à pandemia e, ao mesmo tempo, reforçar a aplicação da quarentena e interromper a propagação do vírus nos pontos de entrada de Israel.

Na segunda-feira, o Ministério da Saúde dobrou o número de estações de teste no Aeroporto Internacional Ben-Gurion, antes do afluxo esperado de voos no verão.

O Ministério da Saúde também instituiu multas para os israelenses que viajarem para países da lista de países proibidos por apresentarem alto índice de infecção por coronavírus.

Fonte: Haaretz
Foto: Canva

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