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Tehina sofre boicote por apoio a LGBT

A decisão do fabricante de tehina (pasta de gergelim) “Al Arz” de apoiar financeiramente a comunidade LGBT árabe em Israel gerou um alvoroço no país.

Líderes religiosos pediram um boicote à empresa, que está se espalhando por todo o país. Comerciantes no Negev, no sul do país, e de cidades da zona central e do norte, estão se juntando à campanha e enviando vídeos onde são vistos jogando os produtos no lixo e pedindo aos clientes para não comprá-los.

No mês passado, a empresa Al Arz, cuja proprietária é Julia Zaher, tornou-se a primeira empresa árabe de alimentos em Israel a apoiar publicamente a comunidade LGBT, contribuindo para a criação de uma linha telefônica para ajudar homossexuais árabes. Ela funcionará no idioma árabe e começará a operar nos próximos meses. A iniciativa não foi bem recebida por grande parte da comunidade árabe em Israel.

“Para nós, o apoio aos homossexuais é como comer carne de porco ou beber vinho, ambos proibidos pelo islamismo” disse o líder do Movimento Islâmico. “A Al Arz cruzou a linha vermelha, e por isso que estamos pedindo um boicote à compra dos produtos dessa empresa na comunidade árabe. Uma empresa que promove o apoio a homossexuais não tem lugar nas gôndolas dos mercados de nossas cidades”, acrescentaram.

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Em um dos vídeos publicados nas redes sociais, um comerciante é visto jogando os produtos no lixo. “Entrei na campanha contra a Al Arz, que apóia homossexuais. Seu lugar não está em nossas gôndolas e eu não devolverei os produtos para seus distribuidores. O lugar dele é o lixo”, disse ele.

Por outro lado, muitas publicações de apoio, tanto nas línguas árabe quanto hebraica, bem como por figuras proeminentes da comunidade homossexual pedem a compra do produto da Al Arz, como forma de combater o boicote.

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