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Palestinos retiram resolução anti-Israel da ONU

Após pressão do governo Biden, os palestinos concordaram em retirar uma resolução anti-Israel que exigia a suspensão imediata de todas as “atividades de assentamento” que deveria ser apresentadas no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) nesta segunda-feira.

A resolução, redigida pelos Emirados Árabes Unidos, declarava que todas as comunidades israelenses na Judeia e Samaria, que denomina “território palestino”, são ilegais e uma “violação flagrante do direito internacional”.

Ela também condenava quaisquer “movimentos unilaterais”, incluindo a extensão da soberania israelense sobre a área em questão, bem como pediu a “reversão imediata” desses movimentos, incluindo a decisão de Israel de legalizar nove chamados postos avançados em resposta a uma onda de terror em Jerusalém.

No entanto, em nota enviada ao Conselho de Segurança no domingo, os Emirados Árabes Unidos disseram que, devido às “conversações positivas entre as partes”, retirariam o projeto de resolução.

Em seu lugar, redigiria uma declaração chamada PRST (declaração presidencial), que “garantiria consenso”, disseram os Emirados Árabes Unidos.

“Portanto, não haverá votação do projeto de resolução na segunda-feira. Grande parte da linguagem do PRST será extraída do projeto de resolução”.

Israel, por sua vez, concordaria em adiar a autorização de construção de postos avançados nos próximos meses, mas não atrasaria a construção de 10.000 novas casas. Também reavaliaria as demolições de casas palestinas construídas sem permissão no leste de Jerusalém e diminuiria o número de operações das FDI em cidades palestinas, informou a mídia israelense.

No final da semana passada, o governo Biden disse que a resolução elaborada pelos Emirados Árabes Unidos era “inútil”, mas não confirmou que a vetaria no Conselho, levando os membros republicanos do Congresso a pedir ao presidente Joe Biden que usasse os direitos de veto dos EUA para derrubar a votação.

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Os Emirados Árabes Unidos, que ocupam um dos 15 assentos do CSNU, assumiram a liderança da questão em nome da Autoridade Palestina.

Os Estados Unidos, que são membros permanentes do conselho, têm o poder de vetar a resolução ou bloquear uma declaração presidencial. Em vez de tomar essas medidas, o governo Biden procurou convencer a AP a recuar de qualquer ação do CSNU.

“À medida que o Conselho de Segurança da ONU mais uma vez se move para considerar outra resolução unilateral e tendenciosa anti-Israel, é imperativo que os Estados Unidos mantenham sua posição de que apenas negociações diretas entre israelenses e palestinos podem gerar progresso”, escreveu o presidente da Câmara dos representantes dos EUA, Kevin McCarthy, em uma carta a Biden que foi coassinada por Steve Scalise, o líder da maioria e pelo presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, Michael McCaul.

O senador Bill Hagerty  twittou: “Em vez de se concentrar nas graves ameaças representadas pela China, Rússia, Irã e Coreia do Norte, a ONU continua sua obsessão anti-Israel. Biden deve ficar com Israel e vetar esta resolução. Não repita a vergonhosa abstenção de Obama-Biden na UNSCR 2334 em dezembro de 2016”.

O senador Jim Risch (Republicano) convocou o governo Biden a usar seu poder de veto e “defender nosso aliado Israel”. “Esta resolução não levará à paz e apenas promoverá ações anti-Israel na ONU”, disse ele.

O senador Tom Cotton (republicno) também pediu a Biden que “bloqueie a medida ridícula e politicamente motivada”.

A administração Trump, em 2019, rompeu com décadas da política americana ao declarar que os EUA não viam mais os postos avançados israelenses como uma violação do direito internacional.

Fontes: The Jerusalem Post e WIN
Foto: Rawpixel

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