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Uma salada mista chamada Israel

Por Roni Szuchman

Me parece que a torre de babel fica aqui em Israel, pois assim que saio na rua escuto vários idiomas ao virar da esquina. Russo (muito), árabe, francês (principalmente na minha cidade), inglês e até hebraico!

No Ulpan (aulas de hebraico), onde recentemente voltei a estudar, 90% são russos e ucranianos (grande migração devido a guerra). A Morá (professora) fala em hebraico e traduz para o inglês; um russo traduz para o resto da turma (ucranianos entendem russo) e eu pra um casal de francês que não fala inglês (na vez passada era para uma argentina). Detalhe que nem uma destas é a minha língua mãe o que faz uma salada na minha cabeça.

Ainda me bato com o hebraico mas no russo estou me saindo bem… Por ser um país novo (que contradição!) as pessoas da minha idade, muitas vezes são filhos de imigrantes. Depois da Segunda Guerra Mundial e a criação do estado de Israel, não pararam de vir imigrantes. Há 30 anos, Israel resgatou 14 mil etíopes na operação Rei Salomão (referência aos decentes da rainha de Sabá). Na década de 1990 cerca de 1 milhão de russos, migraram para Israel, tornando o país uma salada russa.

Falando em salada, meu prato predileto aqui. Todas com tomate e pepino! Azeite de oliva parece brotar em árvores (literalmente). Vai em tudo aqui, sai até pelos ouvidos. As frutas e verduras aqui são frescas e deliciosas, de cores e formatos que ainda não conhecia. O tomate cereja foi desenvolvido aqui. Fácil ver as pessoas comerem pimentão como se fosse uma maçã! Os israelense comem salada até no café da manhã, muitos ingredientes ricos em testosterona, talvez por isso as mulheres são tão bravas aqui. Acho que, ao invés de um bouquet de flores, vou dar uma cabeça de alface, diz que acalma…

Dica útil: Não importa que língua você fale, em Israel, peça salada como prato principal!

3 thoughts on “Uma salada mista chamada Israel

  • Sírlei A Marques dos Santos

    Um dos meus sonhos é aprender Hebraico, mas não sei por onde começar a procurar, pois moro em São Paulo (Brasil) e só tenho encontrado online, desse jeito não aprendo não, acho difícil a pronúncia, o outro sonho é conhecer Israel, não posso morrer sem realizar.

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  • Steven G. Mandowsky

    Roni, você esqueceu dos etíopes, muitos deles se viram no hebraico, mas entre eles, só na língua deles

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  • Marli Duobles

    Rony, muito boa suas crônicas, e super interessante seu olhar sob o prisma de um novo imigrante, apreciando os detalhes e diferenças deste país tão pequeno, e antagonicamente gigante em tudo que se vive nele, em cada passo pelas suas ruas há grandes histórias para contar. Parabéns, continue nos contando e encantando.!!

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