A torcida brasileira em Israel e a psicologia das massas

Por Mary Kirschbaum

Não pensem vocês que por morarmos fora do Brasil, não vestiremos nossas camisas para torcer pelo nosso país.

Sim, Vamos! “Todos juntos, pra frente Brasil, Salve a seleção!!”

Pois é, a copa do mundo de futebol é um momento em que todos se unem sob o objetivo coletivo de torcer pelo seu time de coração. Nós no caso, brasileiros e loucos por futebol, formaremos uma “linda massa torcedora”.

“Imerso na multidão, o torcedor pode ter o que se chama de uma experiência do sublime”.

Este pertencimento de grupo, torcendo pelo mesmo time, fornece uma sensação de comunhão, de identificação com o outro e com o todo. Assim, como membros de uma torcida, sentimos essa experiência da univocidade, de sermos ao mesmo tempo singulares e parte deste coletivo.

A psicologia das massas, para Freud, é voltada ao estudo dos indivíduos enquanto membros de uma nação, profissão, instituição ou multidão, unidos para fins e objetivos determinados. O indivíduo apresenta, em situações específicas, o que Freud denominou de instinto social, promovendo comportamentos peculiares para tal situação.

Então, ao vestirmos nossas camisas verde e amarela, e nos unirmos para assistir aos jogos do Brasil, nesta copa do mundo, entramos num clima contagioso de euforia totalmente emocionado, e envaidecidos, levantamos nossa bandeira brasileira.

Aqui em Israel, saudosos das grandes torcidas em massa a qual pertencíamos na nossa pátria querida, mas não intimidados, entramos no Face, Whatsapp e chamamos nossos amigos para nosso bar preferido, lotado de brasileiros e israelenses, amantes do “nosso futebol” (o que não falta, pois o Israelense adora o futebol brasileiro e o Brasil) e soltamos nosso grito!

“Somos verde e amarelo, esta é a cor do meu Brasil… Minha terra tem encanto, no campo e na cidade…O amor é brasileiro, brasileira, a saudade…”

E que venha o HEXA!

Foto: Danilo Borges/copa2014.gov.br Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil, CC BY 3.0 (Wikimedia Commons)