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Hoje, em Israel, ser milionário é normal

Com a riqueza pessoal média subindo 45% na última década, os israelenses são agora um alvo importante para os banqueiros internacionais de gestão de patrimônio.

Israel 2019 está cheio de milionários. O país, que tem uma população de cerca de 9 milhões, tem mais milionários do que em qualquer outro momento de sua história. Além disso, o aumento no número de milionários peso-pesado – aqueles com pelo menos US$ 30 milhões em sua conta – é mais rápido que nos EUA, Reino Unido e quase toda a Europa Ocidental. Na verdade, só perde para a Irlanda.

A maioria dos israelenses que estão lendo isso provavelmente sentirá que os dados estão fora da realidade. De fato, a maioria das pessoas que vive em Israel é sobrecarregada pelo custo de vida exorbitante, um mercado flutuante e desigualdade econômica. Como a maioria dos lugares, a teoria da riqueza é aplicada aleatoriamente aqui. Mas enquanto Israel está longe da extrema riqueza da maioria dos países do Golfo, e muitos de seus cidadãos lutam diariamente para sobreviver, a classe de israelenses incrivelmente ricos está crescendo de uma maneira sem precedentes. Tão rapidamente que os bancos internacionais de gestão de fortunas estão cortejando fervorosamente os clientes israelenses.

Israel é um dos mercados mais interessantes em termos de riqueza. Não é à toa que os bancos suíços começaram na década passada a mostrar interesse no mercado local. Sete anos atrás, Israel foi incluído na lista de cinco países de imensa importância estratégica do banco multinacional suíço UBS Group AG. Também no radar do UBS naquela época estavam China, Rússia, Brasil e Hong Kong. Segundo o UBS o grande número de empreendedores e startups de Israel é o que faz dele um mercado exclusivamente estratégico.

Os departamentos de gestão de patrimônio – aqueles que gerenciam HNWI (high net-worth individuals), ou indivíduos de alta renda, como são frequentemente chamados – de bancos como o UBS e o Credit Suisse vêm intensificando sua atividade em Israel nos últimos anos. Isso inclui escritórios locais e dezenas de funcionários que agora vivem na rota Zurique-Tel Aviv, com a responsabilidade de detectar, atrair e mimar todos os israelenses com mais de US$ 1 milhão em ativos líquidos.

Os recém-ricos israelenses são muito mais jovens do que os europeus, e seu dinheiro é visível e exposto, pois saem nos noticiários.

A Merrill Lynch que costumava publicar um relatório anual de riqueza global, mostrava em 2010, que Israel tinha 10.153 milionários.

Hoje, estima-se que esse número seja de mais de 12.000, mas pessoas familiarizadas com o assunto dizem que o número real é o dobro. O último relatório sobre o assunto feito pelo Credit Suisse, publicado no final de 2016, indicou 105 mil multimilionários em Israel, mas levou em conta investimentos imobiliários e outros ativos além de dinheiro. O mesmo relatório listou 18 bilionários israelenses, 25 israelenses entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão e 277 entre US$ 100 milhões e US$ 500 milhões. Nos anos seguintes, esses números certamente aumentaram, devido às enormes vendas (exits) da indústria de tecnologia.

A empresa de pesquisa de mercado Net World Wealth enfatiza Israel porque ao contrário de países como Itália, Bélgica e Holanda, para citar alguns – onde a riqueza está em declínio, em Israel a tendência é inversa. De acordo com a Net World Wealth, só em 2018, mais de mil israelenses se tornaram multimilionários pela primeira vez.

Um relatório da empresa imobiliária Knight Frank de 2018 afirma que 1.732 pessoas em Israel têm mais de US$ 30 milhões em ativos líquidos. Isso é mais do que na Bélgica, Dinamarca e Nova Zelândia.

“Há muito dinheiro em Israel”, disse Ecal Britt, fundador e CEO da Tandem Capital. Segundo suas estimativas, há dezenas de milhares de pessoas em Israel hoje com mais de US$ 1 milhão em ativos líquidos.

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