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Empresa converte máscaras em equipamento de proteção

A empresa israelense UBQ Materials encontrou uma solução criativa para a tonelada de equipamento de proteção descartável para COVID-19 que contamina praias, o fundo do oceano e cidades em todo o mundo: converter máscaras, luvas e outros equipamentos de proteção individual (EPI) em uma forma alternativa de plástico reciclável.

A UBQ processa cerca de 30 toneladas de lixo todas as semanas em sua fábrica no kibutz de Ze’elim, no sul de Israel. Seu processo inovador pode transformar todos os tipos de lixo doméstico, desde fraldas, alimentos, sacolas plásticas e máscaras, em um material durável e sustentável que custa quase o mesmo que os polímeros convencionais.

Segundo o cofundador e CEO da UBQ Materials Israel, Jack Bigio, a máscara cirúrgica padrão é um material que não pode ser reciclado como está e, portanto, normalmente vai parar em aterros.

Há uma preocupação crescente entre os ambientalistas sobre os itens descartáveis relacionados ao coronavírus e a ameaça que eles podem representar para a vida selvagem.

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A Marine Conservation Society, um grupo ambientalista com sede no Reino Unido que organiza o evento anual Great British Beach Clean, relatou recentemente ter encontrado máscaras faciais e luvas descartadas em quase 30% das praias.

A fábrica da UBQ, que é parcialmente movida a energia solar, é a primeira do mundo que pode reciclar todos os tipos de resíduos para criar um material composto completamente novo.

“Misturar tudo por meio desse processo e criar um termoplástico homogêneo pode substituir os plásticos comuns na produção de bens”, disse Bigio.

Cada tonelada de material produzido pela UBQ evita que até 15 toneladas de CO2, ou dióxido de carbono equivalente, sejam liberados na atmosfera. Todos os anos a empresa produz 5.000 toneladas de material.

De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), os aterros de resíduos sólidos urbanos (RSU) foram a terceira maior fonte de emissões de metano relacionadas com o homem nos Estados Unidos, em 2018, causando aproximadamente 15,1 por cento dessas emissões.

Portanto, uma fonte inexplorada de energia e uma gestão adequada de resíduos podem ser essenciais para enfrentar os desafios urgentes das mudanças climáticas. “Ao evitar resíduos em aterros, basicamente estamos ajudando o planeta e, ao criarmos um novo recurso natural, estamos deixando mais recursos para as gerações futuras”, finalizou o empresário.

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