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Justiça rejeita liminar contra greve dos professores

As conversações entre o Sindicato dos Professores e o Ministério das Finanças, na tentativa de impedir uma greve que atrasaria o início do ano letivo, marcado para esta quinta-feira, prosseguiram durante a noite desta terça-feira, mas ainda não se chegou a um acordo.

A Secretária Geral do Sindicato dos Professores, Yaffa Ben David, o Ministro das Finanças Avigdor Liberman e a Ministra da Educação, Yifat Shasha-Biton, também participaram das discussões.

Na noite de terça-feira, depois da meia-noite, o Estado de Israel apresentou ao Tribunal Regional de Tel Aviv um novo pedido de liminar contra os professores.

O estado precisou entrar com outro pedido de liminar depois que a Justiça do Trabalho rejeitou o pedido anterior, de autoria da Associação de Fabricantes de Israel e aderido pelo Estado de Israel.

A Justiça do Trabalho decidiu que o Estado não pode apresentar um pedido de liminar como parte de uma resposta a uma petição e deve apresentar seu próprio pedido de liminar contra os professores.

No início da noite, o Ministério Público havia apresentado parecer apoiando a concessão de liminar contra a greve e requereu o pedido de liminares como parte do processo ajuizado pela Associação de Fabricantes.

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O Tribunal rejeitou o pedido tanto do Ministério Público quanto da Associação de Fabricantes e afirmou que, se o estado quiser solicitar liminares, deve fazê-lo como um pedido separado. O Ministério das Finanças está considerando fazê-lo.

O presidente da Associação de Fabricantes, Ron Tomer, saudou o parecer do Procurador do Estado no início da noite, afirmando: “Estamos felizes que o governo israelense apoiou nossa petição e pôs fim à extorsão do sindicato dos professores, o que impede as necessárias reformas no sistema educacional”.

“Melhorar as condições dos professores é importante e a proposta do Ministério das Finanças é extremamente generosa, mas a elevação dos salários por si só não resolverá os problemas do sistema educacional”, acrescentou Tomer. “O Estado apresentou ao sindicato uma série de propostas realistas e corretas mas o sindicato optou por rejeitar todas elas por completo e continuar se opondo a qualquer movimento de melhoria real do sistema”.

Quando entrou com o pedido de liminar na segunda-feira, a Associação de Fabricantes destacou que a intenção do sindicato de não iniciar as aulas em 1º de setembro levaria a “prejuízos muito sérios” à economia, pois cerca de 250 mil trabalhadores não conseguiriam ir ao trabalho.

A associação estimou que a greve causaria NIS 1,8 bilhão em danos à economia a cada semana que continuasse e atacou o Sindicato dos Professores, dizendo que estava “aproveitando a situação política para conduzir uma negociação teimosa e intransigente, que se caracteriza por uma recusa sistemática a todas as propostas justas do governo, e que não fez nenhuma proposta, exceto ‘do meu jeito ou de jeito nenhum'”.

Mais cedo, o Ministério da Educação se manifestou contra a tentativa de decretar liminar contra a greve, ressaltando que não fazia parte no pedido.

Fontes Israel National News e The Jerusalem Post
Fotos (montagem): Canva e Wikimedia Commons

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