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Os palestinos querem Estado?

Por David S. Moran

Agora, que muito se fala da anexação ou implantar a soberania israelense sobre boa parte dos territórios ocupados por Israel desde 1967, os palestinos exigem o seu próprio Estado. Mas, será que eles são aptos a ter um Estado e governá-lo?

Os europeus são contrários ao Plano de Trump, que inclui anexação de partes da Samaria e Judeia e o Vale do Jordão e a criação de Estado Palestino. Esses europeus estão muito envolvidos na região, mas pouco sabem o que na realidade ocorre nesta região. O envolvimento dos europeus e de muitas organizações europeias oficiais, ONG’s ou assistenciais de igrejas, é econômico. Enviam dinheiro à Autoridade Palestina (AP) e organizações palestinas, muitas delas envolvidas em terror. Fato que é um absurdo, pois estes países não são imunes ao terror palestino e ou islâmico, que eles mesmos financiam, mesmo que seja parcial. Exemplos são a França, Reino Unido e até países escandinavos. Na Suécia, há bairros em Malmo em que a Policia não entra, em Paris também.

Os palestinos podem reclamar ao mundo o quanto querem, mas eles jamais tiveram um Estado próprio. Depois de 400 anos do Império Otomano, vieram 31 anos da Inglaterra e depois que a ONU passou a resolução da Partilha, criando um Estado Judeu e um Estado Árabe, os árabes recusaram. Coisa que sempre fazem, pois é mais fácil não assumir compromissos. O Estado de Israel foi criado e veja aonde chegou em 72 anos. A Judeia e Samaria foram invadidas pela Jordânia e, durante 19 anos, foi a área chamada Cisjordânia.

Os ricos países árabes, principalmente, depois de 1973, com a elevação do preço do petróleo, jorraram montes de dinheiro nos palestinos, que chegavam à cúpula da liderança e não aos necessitados. Os “humanistas” europeus também lhes enviavam dinheiro, sem fazer auditoria no que é utilizada a verba que enviam. Até a ONU mimou os palestinos, criando a UNRWA, agência especial para refugiados palestinos, enquanto já tinha agência para refugiados, a ACNUR. As escolas da UNRWA ensinam os alunos palestinos a odiar os israelenses e judeus, com verbas da comunidade internacional, que justamente tem propósito antirracismo ou qualquer segregação.

Nesses 72 anos, com muitos bilhões de dólares, o que os palestinos e a AP construíram, a que realizações chegaram? Arafat deixou herança avaliada em mais de 2,5 bilhões de dólares, conquistados pelo terror e medo que impôs. Abbas e sua família seguem os mesmos passos. Não inventaram nada de útil, nem trouxeram algum benefício à Humanidade. E ainda querem um Estado próprio.

Veja só o caso dos EAU. Por razões de interesses comuns, os Emirados, bem como a Arábia Saudita e outros, se aproximam de Israel (têm um grande inimigo em comum, o Irã). Ao mesmo tempo, estes países têm forte antagonismo com o Qatar, que boicotam há três anos. Querem restringir seus passos na região. Nos últimos anos, Qatar transfere mensalmente dezenas de milhões de dólares para os pobres da Faixa de Gaza. Os EAU querem ajudar os palestinos e ter mais influência na região do que Qatar. Por isso no dia 19 de maio aterrissou no Aeroporto Ben Gurion um avião, sem emblemas, dos EAU, trazendo carga humanitária, medicamentos e material médico para ajudar no combate a COVID-19. Em 9 de junho veio segundo carregamento, desta vez o avião estava decorado com os emblemas reais de ouro.

Nos dois casos a AP recusou a ajuda, preferindo que palestinos sofressem, ou morressem, pelo fato da ajuda vir diretamente para Israel, que indica, segundo os palestinos, o reconhecimento do Estado de Israel pelos EAU. Isto é categoricamente rejeitado pela AP e pelos palestinos. Estes julgam que a aproximação entre os EAU e Israel vem às suas custas. Os carregamentos foram aceitos pela organização terrorista Hamas, que governa a Faixa de Gaza, desde 2007. Esta organização radical não se importou que o carregamento tenha chegado através de Israel, pois depende mais de Israel do que do Egito, que governou a Faixa de Gaza até 1967.

Se as lideranças palestinas soubessem assimilar o que o povo palestino quer, já teríamos uma paz duradora, que beneficiaria ambos os lados. Verbas destinadas a armas seriam transferidas para a melhoria do nível de vida e como já disseram, a área daqui poderia se tornar uma nova Cingapura.

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