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“Plano da UE para combater antissemitismo não é sério”

Os líderes das comunidades judaicas europeias criticam a ausência de referência às liberdades religiosas no plano da União Europeia para combater o antissemitismo e fortalecer a vida judaica.

“Eles pegaram o caminho fácil e não conseguiram fazer a coisa certa”, disse o Rabino Menachem Margolin, presidente da European Jewish Association, em uma conferência sobre o plano estratégico que a Comissão Europeia publicou.

Intitulado “Estratégia da UE sobre o combate ao antissemitismo e promoção da vida judaica (2021-2030)”, o documento de 46 páginas publicado em 6 de outubro reiterou vários objetivos de longo prazo e princípios de várias instituições da UE em relação ao antissemitismo, incluindo a adoção de uma definição da UE de antissemitismo pelos Estados membros e a educação dos jovens contra os estereótipos.

O documento não menciona, entretanto, nem as proibições implementadas recentemente em vários países da UE, como a da Bélgica, em 2019, de abate de animais sem atordoamento prévio – um pré-requisito para a produção de carne kosher e halal – e nem as tentativas de proibir a circuncisão não médica de meninos.

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O abate ritual é ilegal na Dinamarca, Suécia, Finlândia, Estônia e Eslovênia. O Senado holandês em 2012 reverteu uma proibição aprovada no ano anterior, citando a liberdade de culto. A Polônia também proibiu a prática em 2013, mas desde então reduziu a proibição para incluir apenas carne para exportação. “A Comissão Europeia não resolveu isso para evitar conflito com países onde existem proibições e tentativas de proibições”, disse Margolin.

“Saudamos o plano, mas é difícil levar a sério os planos para promover a vida judaica na Europa que não abordem uma grande ameaça à vida judaica”.

Joel Mergui, o presidente da Consistoire, uma importante organização franco-judaica responsável pelos serviços religiosos, disse durante uma discussão sobre o plano: “Se você diz que quer a continuidade judaica, a primeira coisa que você precisa fazer é garantir que podemos continuar a fazer nossos rituais”, disse ele.

Fonte: The Times of Israel
Foto: Beny ShlevichCC BY-SA 2.0 (Wikimedia Commons)

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