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Startup israelense emprega apenas autistas

A startup israelense Point.AI, localizada na área de Sarona, em Tel Aviv, não parece diferente das outras empresas de tecnologia do bairro.

A empresa de computadores especializada em anotação de dados, que permite o desenvolvimento de programas de inteligência artificial (IA), emprega apenas pessoas autistas altamente funcionais, oferecendo-lhes uma oportunidade de trabalho há muito esperada em troca de suas capacidades únicas.

É um trabalho muito completo e repetitivo, ideal para pessoas com autismo, que podem aplicar nessas tarefas sua forte concentração e detalhes.

“Tivemos a ideia de tentar combinar uma necessidade existente no mercado de inteligência artificial, o que exige muitas anotações de dados e um grupo de pessoas que desejam trabalhar e ‘se encaixar’ no sistema”, explicou um dos fundadores da empresa, o terapeuta do autismo Tamar Dvir.

Segundo Dvir, algumas dessas pessoas “têm capacidades que lhes dão uma vantagem especial nesses trabalhos: boas habilidades visuais, atenção aos detalhes e a predisposição para trabalhar longas horas em tarefas rotineiras e monótonas”.

Enquanto os trabalhos estão desaparecendo por causa da automação, a demanda por funcionários no trabalho repetitivo de anotação de dados está aumentando continuamente, porque mesmo a mais avançada tecnologia de IA exige uma grande quantidade de trabalho manual e contribuição das pessoas.

A Sociedade Israelense de Crianças e Adultos com Autismo (ALUT) diz que existem 7.000 adultos em Israel no espectro autista. A organização estima que 2.500 deles estão no meio ou no limite superior da escala e podem potencialmente trabalhar em tecnologia. A organização acrescenta que esse número aumentará à medida que a taxa de diagnóstico de autismo continuar aumentando.

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