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Coalizão perde votação na Knesset

O governo de Israel não conseguiu aprovar, nesta segunda-feira, o projeto de lei que estende as proteções legais para os habitantes judeus da região da Samaria e Judeia, marcando um grande revés para a frágil coalizão que pode acelerar seu fim e levar o país a novas eleições.

O projeto daria jurisdição legal a Israel sobre os israelenses que vivem na região. O projeto de lei é aprovado a cada cinco anos desde 1967.

Esses regulamentos expiram no final do mês e, se não forem renovados, o sistema legal que Israel criou para os israelenses que vivem na Judeia e Samaria será questionado. Também poderá mudar o status legal dos 500.000 israelenses que vivem lá.

Os defensores da extensão da lei dizem que estão apenas buscando manter o status quo e preservar a vida útil do governo. Os opositores dizem que estender os regulamentos aprofundaria um sistema injusto.

Dois membros da coalizão, Mazen Ganaim, do Ra’am e Ghaida Rinawie Zoabi, do Meretz votaram contra o projeto, enquanto, Idit Silman, do Yamina, se ausentou da votação.

No entanto, a votação de segunda-feira – com o projeto derrotado por 58 a 52 – foi muito além dos contornos do debate jurídico. Serviu como um teste-chave para as perspectivas de sobrevivência do governo, criando uma situação paradoxal em que alguns dos maiores oponentes dos assentamentos no governo votaram a favor do projeto, enquanto os partidos que apoiam os assentamentos votaram contra ele para enfraquecer o governo.

A votação não derrubou o governo, e ainda é possível que a coalizão apresente uma versão modificada da legislação.

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“Como sempre, depois de perdermos, voltaremos mais fortes e venceremos na próxima rodada”, disse o ministro do Exterior Yair Lapid, um dos líderes da aliança governista, em um comunicado no Twitter.

Mas o revés indicava que os dias do governo poderiam estar contados. Um dos membros da coalizão, o partido Nova Esperança, já ameaçou sair se a coalizão não conseguir aprovar a medida. Se o Nova Esperança sair, poderá dar à oposição os votos necessários para desencadear novas eleições ou formar um novo governo.

“Qualquer membro da coalizão que não vote nesta lei que é tão central é um participante ativo em seu fim”, disse o ministro da Justiça Gideon Saar, líder do Nova Esperança, antes da votação.

O deputado Bezalel Smotrich do Partido Religioso Sionista disse que não estava preocupado em prejudicar seus eleitores na Samaria e Judeia ao suspender o projeto. “É melhor derrubar o governo, formar uma coalizão de direita e depois aprová-lo”, disse ele.

Fonte: The Yeshiva World
Foto: Canva

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