BlogsMarcos L. Susskind

Como evitar a morte de palestinos e israelenses

Por Marcos L Süsskind

No dia 7 de outubro passado o grupo terrorista Hamas cometeu uma das matanças mais cruéis, sangrentas e monstruosas desde a Segunda Guerra Mundial.

Entre as atrocidades: um bebê foi assado vivo no forno da cozinha enquanto sua mãe era estuprada na mesma cozinha, para depois ser fuzilada. Outra atrocidade: a barriga de uma grávida de quase 9 meses foi aberta com uma faca, o feto retirado e sua cabeça esmagada frente à mãe agonizante. Creio desnecessário outros exemplos dos 1200 assassinatos em sete horas. Por mais incrível que possa parecer, os monstros que executaram tais atos filmaram e publicaram nas redes sociais o resultado de seu “heroismo”.

A Folha publicou ontem um artigo, obra de um arqui-antissemita que tem o desplante de se apresentar como judeu (porque seu pai tinha origens judaicas). O artigo busca justificar as monstruosidades, é eivado de mentiras e precisa ser rebatido.

O autor começa por afirmar que Israel seria um estado racista e colonial – ambas acusações muito comuns mas falsas, usadas por inimigos do país. Israel tem cerca de 22% de árabes em sua população, com absolutamente todos os direitos sejam eles direitos políticos, laborais ou religiosos. Não existe restrição a habitação, propriedade, estudo, movimento ou qualquer outro.

Também seria cômico se não fosse trágica a acusação de colonialismo em Gaza. Israel saiu de Gaza em 2005, entregando o governo à Autoridade Palestina, legítimo representante do povo palestino. Foram retiradas todas as forças civis e militares; retirados à força todos os judeus residentes no local; Israel entregou à Autoridade Palestina todas as casas, lojas, parques, escolas, clínicas e hospitais judaicos da Faixa de Gaza. Hoje não há em toda a Faixa de Gaza nenhum símbolo colonial. Não há colonos, não há domínio político, não há judiciário israelense, não há militares nem policiais, não há legislação, prisão ou imposição da língua ou da cultura israelense. Há algum símbolo do colonialismo israelense em Gaza? A resposta é: nenhum! Trata-se de mais uma mentira usada como slogan.

O Hamas usa sua população como escudo humano para suas atividades. Há apenas dois dias, palestinos eram reféns do Hamas no Hospital Al Nasser. Israel ofereceu-lhes que saíssem do hospital e ir em segurança para o sul, onde Israel criou zona de segurança. Cerca de 600 pessoas saíram mas foram atacados a tiros pelo Hamas que os fez voltar para dentro do hospital. No dia seguinte Israel, conseguiu alvejar e eliminar o comandante das forças terroristas dentro do hospital. Sem o risco de serem abatidos por seu próprio governo, 1.000 civis saíram do hospital e foram escoltados para o sul. Sim, o exército “inimigo” teve de escoltar palestinos ameaçados por seus próprios governantes.

Existe uma forma – e apenas uma – de impedir a morte de israelenses e palestinos neste terrível conflito. É necessário acabar de uma vez com o Hamas. Isto significa acabar com seu poderio militar, com seu domínio político e com seu sistema educacional. O Hamas defende que a morte dos israelenses é um imperativo, a ponto de escrever isso claramente em sua constituição. Mas o Hamas também acredita que a morte de cidadãos palestinos serve à sua causa. Se morrem em ataques a Israel, passam a ser considerados “mártires”, têm escolas e ruas em seus nomes, enterros de “heróis nacionais”. Se são cidadãos comuns, mortos enquanto escudos humanos, servem à imensa máquina de propaganda, da qual o citado autor é uma peça.

No confronto que está ocorrendo, 1.000.000 de palestinos saíram do norte de Gaza para poupar suas vidas, seguindo instruções de Israel. No entanto, 250.000 palestinos não evacuaram a área norte. Isto porque o Hamas colocou barreiras nas estradas e chegou a usar morteiros e fuzis contra os que não haviam saído na primeira leva. Foi só recentemente, quando Israel garantiu a saída dos que desejassem, colocando suas forças para protegê-los, que mais 200.000 saíram do norte de Gaza. Isto é o que explica a dramática queda no número de mortos civis dos últimos dias.

O Hamas é o único responsável pela morte de civis de ambos os lados. Israel tudo fez e segue fazendo para evitar a morte de civis. Quem discorda disso pode ter apenas dois motivos: não conhece a realidade do conflito ou a conhece mas se recusa a admiti-la.

Foto (ilustrativa): FDI

2 thoughts on “Como evitar a morte de palestinos e israelenses

  • Leandro Nogueira Salgado Filho

    Ótimo texto, que com base nos fatos inescapáveis da realidade e contrários às narrativas políticas da extrema-esquerda, historicamente associadas ao terrorismo e ao antissemitismo, reafirma a verdade e o que precisa ocorrer para que sejam evitadas mais mortes de palestinos e israelenses na guerra Hamas-Israel.

    Resposta
  • MAX MATHIAS

    Excelente matéria. Mostra o verdadeiro algoz e câncer selvagem que é o Hamas. Mostra a falta de informação, desinteligência ou desonestidade da grande mídia antissemita que dissemina mentiras.
    A matéria fez a devida distinção entre civis e terroristas, mostrou a assistência dada por Israel ao povo palestino, enquanto que que o câncer terroristas (Hamas) retalha os civis de lá.
    Que Deus abençoe os justos.

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo