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Investigação se concentra em troca de tiros

A investigação dos militares sobre a morte do jornalista da Al Jazeera, Shireen Abu Akleh, foi reduzida e agora se concentra em uma troca específica de tiros entre tropas das FDI e homens armados palestinos na quarta-feira em Jenin.

O incidente específico em questão “ocorreu a cerca de 150 metros de onde estava posicionada a jornalista que foi atingida um tiro e morta” informou o canal 12.

“Se existe a possibilidade de que a jornalista tenha sido atingida pelo fogo das FDI, este era o momento”, disse a reportagem da TV, enfatizando, no entanto, que a investigação ainda não conseguiu estabelecer se os tiros palestinos ou israelenses foram os culpados.

Abu Akleh foi morta na manhã de quarta-feira quando cobria confrontos entre tropas israelenses e palestinos armados, em Jenin.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, acusou Israel de “executar” Abu Akleh. Autoridades israelenses declararam que é muito cedo para determinar quem disparou a bala que a matou. O ministro da Defesa, Benny Gantz, foi citado dizendo a repórteres estrangeiros que poderiam ter sido “os palestinos que atiraram nela” ou fogo “do nosso lado”.

Estados Unidos, União Europeia e ONU pediram uma investigação completa sobre o incidente. A Autoridade Palestina resistiu aos apelos para unir forças com qualquer investigação israelense e se recusou a entregar a bala que a matou.

O primeiro-ministro Naftali Bennett disse na quinta-feira que a Autoridade Palestina estava atrapalhando os esforços para alcançar “a verdade”.

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“Espero uma cooperação total, aberta e transparente”, disse ele, acrescentando: “Também espero que a Autoridade Palestina não tome nenhuma ação destinada a obstruir a investigação ou comprometer seu devido processo de forma que nos impeça de chegar à verdade”.

Nir Dvori, do Canal 12, relatando a troca específica de tiros no centro da investigação das FDI, disse que “havia homens armados palestinos e eles atiraram contra as FDI, que revidaram. “Ainda é impossível saber com certeza se a jornalista foi atingida por tiros palestinos ou das FDI, apesar da proximidade entre a troca de tiros neste incidente e o local onde ela estava”, disse ele.

O Canal 12, que não cita nenhuma fonte, também disse que Israel pediu à Autoridade Palestina o capacete que Abu Akleh estava usando para que pudesse ser analisado, o que também foi rejeitado. A rede também informou que todos os soldados das FDI que estavam na área no momento do incidente foram solicitados a entregar suas armas para análise balística.

A emissora pública Kan informou na quinta-feira que Israel teve acesso a uma tomografia computadorizada do corpo de Abu Akleh, que está analisando para obter evidências. Mas a rede afirmou que, apesar das consultas com especialistas, não conseguiu produzir nenhuma descoberta ou conclusão daí.

O embaixador israelense nos EUA, Michael Herzog, disse a TV Kan que explicou às autoridades americanas que Israel está tentando realizar uma investigação justa sobre o “trágico incidente”, mas está sendo impedido pela Autoridade Palestina.

O embaixador observou que deixou claro para as autoridades americanas que a AP e outros estão “acusando imediatamente Israel de assassinar deliberadamente” Abu Akleh, sem provas.

Herzog disse que sugeriu para que os EUA também participassem de uma investigação sobre a morte de Abu Akleh, que era cidadão americana, “mas os palestinos rejeitaram qualquer esforço de cooperação até agora”.

Israel tem enviado diplomatas em todo o mundo para se conectar com líderes mundiais e mostrar a disposição de Israel de participar de uma investigação conjunta, apesar da recusa dos palestinos em fazê-lo.

Tanto o Ynet quanto o Canal 12 relataram que autoridades israelenses apontaram para os EUA que, mesmo que os palestinos acabem entregando a bala ou outra evidência, agora não há como saber se ela foi adulterada.

A rede de TV informou que Israel também está pedindo aos EUA que impeçam quaisquer planos da Autoridade Palestina de levar o assunto ao Tribunal Penal Internacional.

O presidente da Autoridade Palestina, disse em uma cerimônia para Abu Akleh em Ramallah que o assunto seria levado ao TPI porque Israel “não pode ficar impune”.

Uma fonte israelense disse ao Canal 12 que tal investigação no TPI “seria uma conclusão precipitada” em vez de uma investigação justa.

Fonte: The Times of Israel
Foto: Shutterstock

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