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Israel enviará primeira delegação oficial ao Sudão

Israel planeja enviar sua primeira delegação ao Sudão na próxima semana para iniciar as negociações entre os dois países sobre o acordo de normalização que estabelece relações diplomáticas anunciado no mês passado.

Citando uma fonte sobre o itinerário provisório da viagem, a Reuters informou que a delegação deixará Israel com destino a Cartum no domingo. Nem fontes israelenses nem sudanesas confirmaram a informação.

Em 23 de outubro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que o Sudão começaria a normalizar os laços com Israel e que estava preparado para assinar acordos que abrangem agricultura, comércio, aviação e migração.

O Ministério das Relações Exteriores do Sudão disse na ocasião que autoridades sudanesas e israelenses se reunirão nas próximas semanas para discutir um pacote de acordos de cooperação para “alcançar os interesses mútuos dos dois povos”.

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O acordo de normalização veio depois que Trump disse que pretendia remover o Sudão da lista de patrocinadores estatais do terrorismo. A retirada da lista abre a porta para o Sudão obter empréstimos e ajuda internacional. O Sudão precisa deles para reviver sua economia em dificuldades e resgatar sua transição para a democracia, após o levante popular do ano passado que levou os militares a derrubar o autocrata de longa data Omar al-Bashir.

A economia do Sudão sofreu décadas de sanções dos EUA e má gestão de al-Bashir. O governo de transição vem lutando contra um enorme déficit orçamentário e uma escassez generalizada de bens essenciais, como combustível, pão e medicamentos. A inflação anual subiu, de acordo com dados oficiais, para mais de 200% no mês passado, com aumento dos preços do pão e de outros alimentos básicos.

Dois dias depois do anúncio do acordo de normalização, o gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que Israel estava enviando US$ 5 milhões em trigo ao Sudão para ajudar a superar a crise econômica. “Esperamos uma paz calorosa e enviaremos imediatamente US$ 5 milhões em trigo para nossos novos amigos no Sudão”, postou o gabinete do primeiro-ministro no Twitter.

Israel e Sudão também devem examinar o destino de cerca de 6.000 requerentes de asilo sudaneses atualmente em Israel. Jerusalém teria elaborado uma proposta para enviar de volta refugiados dispostos a retornar ao seu país de origem.

Os requerentes de asilo do Sudão representam cerca de 20% dos 33.000 migrantes africanos atualmente em Israel.

O Sudão é o terceiro Estado árabe este ano a manifestar disposição de normalizar os laços com Israel no âmbito dos acordos negociados pelos Estados Unidos, depois dos Emirados Árabes Unidos e do Bahrein.

Fonte: Agência AJN

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