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Lapid retoma negociações para “governo de mudança”

O partido Yesh Atid de Yair Lapid diz que retomará as negociações com vários partidos, amanhã de manhã, no esforço para formar um governo que tire o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu do poder.

O prazo de Lapid para formar um governo expira em uma semana e meia. As reuniões serão realizadas em Kfar Maccabiah.

No entanto, as reuniões não incluirão o partido Yamina, de Naftali Bennett, cujo apoio é vital para a formação de um “governo de mudança”.

Fontes do Yamina são citadas por alguns meios de comunicação dizendo que o partido não pretende retomar as negociações com Yesh Atid.

Analistas políticos acreditam que Yair Lapid não será capaz de formar um governo e o mandato poderá retornar à Knesset. Neste caso, serão necessárias as assinaturas de 61 parlamentares para um novo mandato, desta vez, por um período de 14 dias.

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Se ninguém conseguir coletar as assinaturas, a Knesset será dissolvida e novas eleições serão realizadas.

Se nas rodadas anteriores a probabilidade de formação de governo nesse período era nula, desta vez a situação é um pouco diferente. Embora as chances de uma quinta eleição ainda sejam as maiores, durante os 21 dias todos os olhos estarão voltados para Gideon Saar, que já considerou formar um governo em rotação com Netanyahu e mediado por Bezalel Smutrich, e Benny Ganz, que voltou a afirmar que não se senta com Netanyahu.

O Yesh Atid continuará a promover movimentos no Parlamento. Nesta semana, a comissão que organiza o estabelecimento de comissões temporárias na Knesset será aprovada. Para qualquer movimento que Lapid queira promover no comitê organizador, ele também precisará do apoio de Bennett e do presidente do Ra’am, Mansour Abbas, o que atualmente impede passos mais significativos.

Lapid, embora sem chances  de formar uma coalizão, tem esperança de que os partidos que se opõem a Netanyahu apoiem a legislação afirmando que um premier não pode servir por mais de dois mandatos, e que um réu criminal não pode ser encarregado de formar um governo.

Esses projetos serão apresentados amanhã no Comitê de Acordos da Knesset, e segundo o Canal 12, o partido islâmico Ra’am, de Mansour Abbas, está inclinado a apoiá-los. Se os projetos forem aprovados na votação do comitê, eles ainda terão que passar por uma votação preliminar no plenário da Knesset e então mais três leituras para se tornarem lei.

Um projeto de lei promovido por Netanyahu para eleições diretas para primeiro-ministro provavelmente não será aprovado.

Fonte: The Times of Israel
Foto: Marc Israel Sellem (POOL/Flash90)

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