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Software identifica uso incorreto de máscara

O maior hospital de Israel, o Sheba Medical Center em Ramat Gan, está usando um software desenvolvido pela AnyVision, uma startup de reconhecimento facial, para “incitar” seus visitantes a usar máscaras e usá-las corretamente.

O software utiliza câmeras de segurança já implantadas nas instalações. O sistema da AnyVision detecta visitantes que não estão usando máscara, ou que as usam de maneira incorreta, e fornece feedback nas telas com mensagens como: “Sem máscara mata a minha onda” – ou “Ooh, gosto do seu estilo” se a pessoa estiver usando a máscara corretamente.

A ideia é baseada na economia comportamental, em que “cutucadas”, em oposição à aplicação de uma pena severa, são ferramentas importantes que podem ser usadas para provocar mudanças de atitude e comportamento. O sistema da AnyVision não identifica ninguém pelo nome, nem os relata a um centro de controle. Limita-se a alertar os visitantes para o fato de não estarem usando máscaras no local onde são obrigados, de forma semelhante aos radares que devolvem feedback negativo aos motoristas que ultrapassam o limite de velocidade. “De forma lúdica, aumentamos a consciência em relação às máscaras”, disse Alex Zilberman, diretor de operações da AnyVision.

As telas chamando a atenção para a pessoa que não está usando uma máscara cria pressão social, explicou ele, e aumenta o senso de legitimidade dos outros visitantes ao pedir a essa pessoa para usar o equipamento facial conforme necessário.

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O software está atraindo o interesse de outras entidades, como aquelas que operam aeroportos, transporte público e prédios públicos, disse ele.

O sistema AnyVision mais amplo já está sendo usado no hospital desde o início da pandemia para ajudar a conduzir investigações epidemiológicas entre a equipe do hospital. Se um membro da equipe está doente com COVID-19, o sistema verifica as imagens de vídeo das câmeras de segurança do hospital para localizar as pessoas que estiveram em contato com aquele funcionário por mais de 15 minutos sem máscara.

“Ensinamos os algoritmos para identificar uma pessoa por meio de características que ainda são visíveis”, explicou ele, incluindo os olhos, a testa e a ponte acima do nariz. Se uma pessoa estiver usando óculos escuros e máscara, por exemplo, o reconhecimento não será possível. Mas com uma máscara e óculos regulares, o algoritmo é capaz de reconhecer a pessoa com 99% de precisão, desde que pelo menos metade do rosto esteja livre, disse Zilberman.

A AnyVision também desenvolveu uma solução de controle de acesso sem toque para abrir pontos de entrada protegidos para pessoas autorizadas. Essa tecnologia, atualmente vendida para grandes corporações em todo o mundo, ajudará as empresas o acesso de seus funcionários aos escritórios de maneira mais segura e sem contato, sem que tenham que pressionar botões ou escanear cartões de identificação, já que a pandemia continua causando estragos no mundo todo, disse Zilberman.

Essa tecnologia sem toque já é usada por estádios de futebol e pavilhões esportivos nos Estados Unidos, bem como em escritórios de corporações em todo o mundo, disse ele.

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