Zoom não autoriza live com terrorista
Um evento envolvendo uma terrorista árabe condenada foi proibido de usar o serviço de videoconferência online Zoom, devido à pressão de grupos judeus.
O evento em questão foi patrocinado pelo departamento de estudos femininos e de gênero da San Francisco State University (SFSU), bem como pelo programa de estudos árabes e muçulmanos da universidade, e estava programado acontecer na quarta-feira dia 23.
Leila Khaled, a palestrante convidada, foi descrita pelos organizadores como uma “feminista e uma líder militante palestina”. Leila é uma terrorista da Frente Popular para a Libertação da Palestina envolvida em uma série de sequestros contra israelenses no final dos anos 1960 e início dos anos 1970.
O evento atraiu fortes críticas de grupos judeus e pró-Israel na área da Baía de São Francisco, incluindo o projeto Act-il, que pressionou Zoom a negar ao evento o uso de seus serviços.
LEIA TAMBÉM
- Twitter: mensagens de “eliminar Israel” não violam nossas regras
- Ao vivo, bandeira nazista aparece na TV israelense
- Guia para evitar o antissemitismo no Facebook
O Projeto Lawfare advertiu ao Zoom que, ao hospedar o evento, poderia estar violando a lei federal que proíbe o auxílio a organizações terroristas estrangeiras.
Em resposta, o Zoom comunicou ao Project Lawfare que, devido à afiliação de Khaled a uma organização designada de terrorista pelos EUA, o evento violou os termos de serviço da empresa.
“A Zoom está empenhada em apoiar a troca aberta de ideias e conversas, sujeita a certas limitações contidas em nossos termos de serviço, incluindo aquelas relacionadas à conformidade do usuário com o controle de exportação dos EUA, sanções e leis de contraterrorismo. Tendo em vista a afiliação do palestrante ou associação a uma organização terrorista estrangeira designada pelos Estados Unidos e a incapacidade da SFSU de confirmar o contrário, determinamos que a reunião viola os Termos de Serviço do Zoom e informamos a SFSU de que eles não podem usar o Zoom este evento particular”.