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A corrida dos partidos pelos votos excedentes

Os partidos Meretz e Avodá chegaram a um entendimento, na quarta-feira de que, se acabarem concorrendo separadamente nas próximas eleições, assinarão um acordo de compartilhamento de “votos excedentes”.

O acordo estipula que, depois de serem atribuídos o número de assentos na Knesset, os dois partidos juntam seus votos na tentativa de ganhar um dos assentos “restantes”.

O acordo foi assinado pelo líder do Avodá na Knesset, deputado Ram Shefa, e pela líder do Meretz, deputada Michal Rozin. No momento, o Avodá e o Meretz enfrentam uma pressão para se fundirem em um partido antes do prazo de 15 de setembro para entregar as listas partidárias.

Uma campanha liderada por ativistas de esquerda afirma que quase 80% dos eleitores dos partidos apoiavam uma fusão. Enquanto a líder do Meretz, Zehava Galon, apoia a fusão, a líder do Avodá e ministra dos Transportes, Merav Michaeli, tem se recusado consistentemente a considerar a questão.

O Yesh Atid, do primeiro-ministro Yair Lapid, e o partido Unidade Nacional, dos ministros Benny Gantz, da Defesa, e Gideon Sa’ar, da Justiça, também assinaram um acordo de votos excedentes, pelo qual os dois partidos conservarão votos dentro de seu bloco.

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O que são os votos excedentes?

A lei que trata dos votos excedentes é chamada de Lei Bader-Ofer, em homenagem aos deputados Yohanan Bader, do partido Gahal e Avraham Ofer, do Alinhamento, que a propuseram em 1973.

A maneira como os assentos são distribuídos entre os partidos é dividindo o número de votos dados aos partidos que passam o limiar eleitoral por 120, a fim de obter um indicador geral de quantos votos dão direito a uma assento para cada lista ou partido.

Os votos de cada partido são então divididos pelo indicador geral. No entanto, quando somado o total de cadeiras por partido, em números inteiros, geralmente chega a menos de 120.

As cadeiras que faltam para chegar a 120 são divididas primeiro entre listas que assinaram acordos de voto excedente entre si.

Qual o par de listas que receberá cada assento adicional é calculado dividindo o número de votos válidos dados a ambas as listas que fizeram um acordo pelo número combinado de assentos conquistados mais um assento. O par com o maior resultado ganha um assento excedente, e o cálculo é repetido para cada par, levando em consideração o novo assento a cada vez, até que todos os 120 assentos sejam preenchidos. O mesmo cálculo é feito dentro de cada par para determinar qual partido dos dois fica com a vaga.

Esse método é chamado de sistema Hagenbach-Bischoff em homenagem ao físico suíço Eduard Hagenbach-Bischoff (1833-1910), que alocou assentos em uma lista partidária em um sistema de representação proporcional. É usado na Bélgica e na Suíça, e Luxemburgo o usa para alocar assentos na União Europeia.

Fonte: The Jerusalem Post
Foto: IDF Spokesperson’s Unit

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