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Equipe de Israel vence competição de biologia sintética

Uma equipe de estudantes de Israel ganhou medalha de ouro na competição internacional de biologia sintética iGEM.

Seu trabalho foi o desenvolvimento de um gel ativo para capturar as partículas virais do SARS-CoV-2, evitando a infecção das células hospedeiras. Ao contrário dos produtos de desinfecção existentes, o gel oferece proteção ativa à pele por horas e não agride o microbioma da pele.

Pela sétima vez, Israel ganhou a medalha de ouro na competição iGEM (International Genetically Engineered Machine) em biologia sintética.

O objetivo da equipe do Technion, em sua maioria alunos da Faculdade de Biotecnologia e Engenharia de Alimentos, era desenvolver um produto que reduzisse a infecção de contato.

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A prestigiosa competição iGEM acontece desde 2004 e é promovida pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Ela oferece aos alunos, principalmente universitários, a oportunidade de experimentar pesquisas científicas e aplicadas em biologia sintética.

“As conquistas das equipes iGEM em Israel são significativas”, disse o professor Amit. “Não se trata apenas de medalhas, pois acumulamos pesquisas e significativa propriedade intelectual que se expressa em artigos científicos e em uma patente publicada por duas de nossas equipes.”

Este ano, a competição foi realizada remotamente pela primeira vez, com a participação de 256 equipes de universidades de todo o mundo.

A equipe do Technion foi liderada pelos alunos Tomer Antman e Hadas Yung, que se juntaram ao laboratório do professor Amit durante seus estudos para obter o que chamaram de “uma amostra do mundo da pesquisa”.

No início do ano os alunos tiveram várias ideias para o seu projeto conjunto, mas o COVID-19 embaralhou as cartas, levando-os a escolher o desafio de quebrar a cadeia de infecção.

“Aprendemos que o SARS-CoV-2 pode sobreviver na pele por horas, várias vezes mais do que as partículas do vírus da gripe”, explica Yung.

“Felizmente, desinfetantes comuns foram considerados eficazes contra o vírus, mas eles têm duas desvantagens: eles destroem o vírus apenas no momento em que são usados, sem efeito duradouro, e também danificam o microbioma de nossa pele, o delicado equilíbrio de bactérias, vírus e fungos que vivem em nossa pele, que desempenham um papel importante em nossa saúde geral”.

A equipe israelense de 14 membros, composta por 7 mulheres e 7 homens, também foi uma das quatro equipes indicadas para o prêmio “Inclusão” na competição.

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