Israel deve expandir alerta de viagem

Israel está considerando emitir alertas de viagem para outros países em meio a preocupações de que o Irã possa tentar atacar israelenses que viajam para o exterior, noticiou o Canal 12 no domingo.

A rede, sem revelar a fonte, citou temores de que o Irã possa ver israelenses indo para o exterior no verão como alvos de ataques de vingança. A rede não especificou para quais nações os avisos de viagem poderiam ser emitidos.

A reportagem lembra que o Conselho de Segurança Nacional revisou seu alerta de viagem para a Turquia no mês passado, dizendo que havia uma ameaça concreta aos israelenses por “operadores terroristas iranianos” lá e em países vizinhos.

A advertência seguiu-se ao assassinato de um oficial sênior da Guarda Revolucionária Islâmica, coronel Hassan Sayyad Khodaei, que o Irã atribuiu a Israel.

Khodaei foi baleado cinco vezes em seu carro por dois homens armados não identificados em motocicletas no centro de Teerã, em 22 de maio. Ele teria se envolvido em assassinatos e sequestros fora do Irã, incluindo tentativas de atingir israelenses.

Desde que Khodaei foi morto, outro oficial da Força Quds – que supervisiona as operações do IRGC no exterior – morreu em circunstâncias pouco claras, assim como um engenheiro em uma instalação militar e um cientista que estaria envolvido no desenvolvimento de mísseis e drones.

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Também houve relatos não confirmados da morte de outro cientista que trabalhava na instalação nuclear de Natanz, que foi duas vezes alvo de ataques de sabotagem que o Irã atribuiu a Israel.

De acordo com o Canal 12, Israel acredita que os iranianos têm uma motivação maior para lançar ataques contra alvos israelenses no momento, com o IRGC buscando restaurar a dissuasão tanto dentro de suas fronteiras quanto no exterior.

O assassinato de Khodaei foi o de maior destaque dentro do Irã desde o assassinato, em novembro de 2020, do principal cientista nuclear Mohsen Fakhrizadeh.

Israel, que não comentou oficialmente o incidente, teria aumentado o nível de alerta de segurança em suas embaixadas e consulados em todo o mundo, temendo um ataque iraniano de retaliação

Um oficial de inteligência não identificado disse ao The New York Times, no mês passado, que Israel disse às autoridades americanas que estava por trás do assassinato. Um parlamentar israelense negou isso.

Fonte: The Times of Israel
Foto: Canva