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Nova edição francesa de Mein Kampf

A editora francesa Fayard publicou uma nova edição do Mein Kampf, depois que o lançamento foi adiado por anos devido à polêmica sobre a publicação de um livro escrito por Adolf Hitler.

O Mein Kampf (“Minha Luta” em alemão) é um manifesto de sua ideologia nazista, que levou, ao final da II Guerra Mundial, ao assassinato 17 milhões de pessoas, incluindo seis milhões de judeus.

Mein Kampf foi proibido na Alemanha pelos Aliados, em 1945. No entanto, os historiadores por trás desse novo projeto afirmam que a publicação controversa desta versão editada do livro prestará um serviço valioso ao esclarecer e, assim, desarmar a ideologia nazista para os leitores franceses.

Na verdade, a nova versão do Mein Kampf, de Hitler, é uma adaptação ampliada da edição anterior, com contribuições de mais de uma dúzia de especialistas e historiadores liderados por Florent Brayard, um historiador francês especializado em nazismo e Holocausto, e Andreas Wirsching, diretor do Instituto de História Contemporânea de Munique, que dirigiu as obras da versão alemã.

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O livro, intitulado “História do Mal: uma edição crítica de Mein Kampf”, tem cerca de 1.000 páginas, com o dobro de comentários e textos. Acadêmicos, pesquisadores e professores são os principais públicos-alvo. Cada um dos 27 capítulos é precedido por uma análise introdutória, e os escritos de Hitler são anotados, linha por linha, com comentários que refutam as falsas alegações e fornecem contexto histórico, explicou o New York Times.

Fayard, que começou a trabalhar no projeto há uma década, disse que o livro foi uma “fonte fundamental para a compreensão da história do século 20”. Agora que Mein Kampf está em domínio público e disponível gratuitamente na Internet com pouco contexto, Fayard argumentou que era urgente publicar uma versão crítica que desconstruísse o texto e se protegesse das traduções acríticas que ainda circulam. “Para saber para onde estamos indo, é vital que entendamos de onde viemos”, escreveu Sophie de Closets, a diretora de Fayard, em uma carta aos livreiros explicando por que foi publicado, relatou o New York Times.

Fonte: Noticias de Israel
Foto: Adam Jones, Ph.D., CC BY-SA 3.0, Wikimedia Commons

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