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Gabinete corona ainda não tem novas decisões

A reunião na Knesset para discutir as novas recomendações do Ministério da Saúde para prevenir a propagação do Covid-19 em Israel, na noite de ontem, foi encerrada sem decisões.

Sem conseguir chegar a nenhuma conclusão, foi anunciada a marcação de outra audiência em breve.

Em um movimento não convencional, o primeiro-ministro Naftali Bennett permitiu que os ministros convocassem especialistas externos para discussão das propostas dos técnicos do Ministério da Saúde.

Altos funcionários do Ministério da Saúde estão propondo aos ministros uma série de medidas, entre elas:

– Exame Corona para todos os repatriados do exterior, quatro dias após o retorno de todos os destinos

– Estender o isolamento a qualquer pessoa que retorne de países com sob alerta, e não apenas os países atualmente definidos como vermelhos. A lista inclui entre 15 e 20 outros países, incluindo Turquia, Chipre e Tailândia.

– Aumentar a fiscalização de isolamentos e aumentar o número de inspetores e policiais que irão lidar com a verificação

– Testes de corona na entrada de lares de idosos e instituições geriátricas

– Testes de corona rápido na entrada de eventos com crianças.

– Testes de PCR em acampamentos de verão com mais de 100 participantes.

– Obrigação de isolar os repatriados do estrangeiro até receberem os resultados do teste PCR.

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Uma proposta de obrigar os pais ao isolamento surgiu depois do Ministério da Saúde e do Magen David Adom observarem que há uma grande proporção de pais vacinados que se infectam dentro de casa por causa de crianças positivas. Sobre essa proposta, provavelmente haverá uma grande controvérsia entre os ministros do gabinete.

Funcionários do Ministério da Saúde também alertam contra muitas infecções em acampamentos de verão e que muitos adolescentes se recusam a fazer o teste. O número de novos pacientes em estado crítico é muito baixo, mas os surtos no sistema educacional estão se expandindo, inclusive nos acampamentos de verão e nas escolas em Jerusalém, Shaare Tikva, Harish, Kiryat Ono e Hod Hasharon.

Apesar do medo de um aumento no número de infectados, há pais que se recusam a fazer o teste em seus filhos e há receio de que haja uma morbidade latente nesses locais que leve a outro surto.

Dados do Ministério da Saúde mostram que no último dia, até as 18h, 503 pessoas foram diagnosticadas com o vírus. A taxa de testes positivos era de 0,7%. O número de pacientes internados subiu para 73, dos quais 38 estavam em estado crítico, 17 em estado grave e outros com 16 respiradores.

Alguns membros do governo se opõem a novas restrições ao público, por que, em sua opinião, o número de novos pacientes graves é muito baixo. Há ministros que acreditam que o corona deve ser tratado como gripe e que se deve aprender a conviver com o vírus.

O primeiro-ministro Naftali Bennett disse: “Vamos agir com base nas informações sobre proteção máxima e mínimo dano à vida”.

O Ministro da Saúde, Nitzan Horowitz, disse ontem pela manhã em uma conferência na Universidade Ben-Gurion que o Ministério da Saúde “age de maneira equilibrada e profissional, sem criar pânico desnecessário no público”. Ele acrescentou: “Todos os esforços estão sendo feitos para manter a saúde pública, com o mínimo de violação da liberdade de movimento, dos direitos civis e dos meios de vida dos cidadãos israelenses”.

“Entendemos que o corona não passará tão cedo”, continuou Horowitz. “Depois da cepa Delta, outra variante pode surgir no mundo. Teremos que aprender a conviver com o corona, assim como convivemos com outras doenças e vírus. Recomendamos medidas com esse espírito. Etapas que nos protegerão de doenças graves, que prejudicarão o mínimo possível o nosso dia-a-dia”.

Os países de segundo nível com “alerta de morbidade grave” são Emirados Árabes Unidos, Uruguai, Seychelles, Etiópia, Bolívia, Bielorrússia, Guatemala, Andorra, Zâmbia, Namíbia, Paraguai, Chile, Colômbia, Quirguistão e Tunísia. Os países para os quais não se pode voar sem uma licença especial são México, Rússia, Argentina, Brasil, África do Sul e Índia. Ressalta-se que a lista é atualizada quinzenalmente de acordo com os dados de morbidade.

Fontes: Mako e Kipa
Foto: Tomer Neuberg (Flash90)

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